Funcionários demitidos reclamam que empresas não pagaram verbas trabalhistas em Atibaia

Segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já foram abertos 60 processos contra duas empresas, que são do mesmo grupo. Ex-empregados reclamam que não receberam férias, rescisões e pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Funcionários demitidos de duas empresas de Atibaia (SP) reclamam que não receberam os direitos trabalhistas. Segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já foram abertos 60 processos trabalhistas contra os estabelecimentos, que são do mesmo grupo.

Os responsáveis pelas empresas Mundo Asti e Bioflorais dizem que pretendem cumprir com todos os pagamentos. Elas são responsáveis por produzir e vender produtos naturais, como alimentos, bebidas e cosméticos. Nos últimos dois anos, mais de 50 pessoas foram demitidas das duas empresas – os ex-empregados reclamam que não receberam férias, rescisões e pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

“A gente trabalhou, a gente fez com que tudo corresse bem para nada, nem nada, nem o FGTS nem o que era de direito da gente”, disse Rosemeire Silva, que trabalhou por um ano e meio como operadora de produção na Bioflorais e foi demitida em setembro de 2017.

Advogado de uma ex-funcionária, Danilo Gerace conta que ganhou a causa na Justiça, mas ainda não recebeu.

“Entramos com ação, foi marcada audiência, mas ninguém da empresa compareceu. O juiz deu a sentença favorável à minha cliente, mas até agora o pagamento das verbas trabalhistas não foi feito”, disse o advogado.

O que dizem as empresas

O responsável pelo grupo disse que as duas empresas não tiveram a intenção de prejudicar os ex-colaboradores e que pretendem cumprir com todos os pagamentos. Além disso, o grupo informou que busca na Justiça um acordo para resolver as dívidas trabalhistas.

O Ministério do Trabalho informou que um auditor fiscal do trabalho foi até as empresas e recolheu documentos para análise. Já o Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que se forem comprovadas as irregularidades, as empresas vão ser chamadas para a assinatura de um termo de ajuste de conduta, sob pena de multa por descumprimento.

Fonte: G1.globo.com