Produtores adotam novas formas de plantio de morango em Atibaia

Sistema de plantação semi-hidropônica é alternativa para redução no uso de agrotóxicos e promove rentabilidade para os produtores locais.

Produtores de morango de Atibaia estão inovando e passaram a adotar novas formas de plantação. A ideia tem sido estudada e adotada por produtores locais, permitindo com que a fruta chegue com a qualidade cada vez melhor para o consumidor final, sem alterar o ritmo de produção.

Os empreendedores do ramo passaram a investir em novos jeitos de plantar. Maurício Inoue, por exemplo, já trabalha com morangos há mais de trinta anos. Mesmo com experiência, ele experimentou um novo método e passou a vender a muda de morango dentro do vaso. Assim, o cliente pode comprar e levar para seguir o cultivo em casa.

“Na época de muda de morango, a gente está comercializando mais o tipo de vaso, que é mais competitivo para mim”, conta o produtor.

Esse conceito é chamado de produção semi-hidropônica, que consiste em deixar a muda mais saudável, sem químicos e melhorar também as condições de trabalho dos produtores. Esse cultivo é feito em estufas, o que também auxilia no controle da ambientação, evitando contato com frio extremo, calor, chuva ou geada, por exemplo. Dessa forma, as mudas crescem de forma saudável e não precisam de interferência de agrotóxicos para combater eventuais doenças.

Um grupo de estudantes da Etec de Atibaia criou um protótipo de cultivo semi-hidropônico. O objetivo principal do estudo é tornar esse tipo de plantio em algo rentável, para que o modelo seja disseminado entre os produtores da região. João Batista é coordenador de logística e se juntou aos outros alunos para levar essa ideia adiante.

“Usamos pallets, bambús, materiais de baixo custo para elaborar essa estufa e verificar a eficiência da produção. Pelas pesquisas que fizemos, a eficiência é muito alta, porque dá morango o ano inteiro, então através disso, seria possível fomentar essa cultura do morango”, explica.

O projeto foi apresentado para 32 produtores de uma cooperativa da cidade e eles têm mostrado na prática como esse sistema funciona. Amarildo Terra Santana é um deles e está de olho na redução de custos que a ideia pode agregar à sua plantação.

“Diminui bem os custos de produção. Hoje o produtor tem conseguido aumentar mais os lucros, não vendendo mais caro, mas diminuindo os custos. Então o sistema de vasos tem sido bem melhor que o sistema de campo”, analisa.

Fonte: G1.globo.com