Fatec Bragança Paulista informatiza o acervo de museu municipal

Em parceria com prefeitura, alunos do curso de Gestão da Tecnologia da Informação criam software para catalogar 3 mil objetos.

Alunos do curso superior tecnológico de Gestão da Tecnologia da Informação da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Bragança Paulista contribuem com a organização e democratização do acesso ao acervo do Museu Municipal Oswaldo Russomano, uma das principais atrações turísticas da cidade.

Por meio da parceria com a prefeitura, o grupo informatiza cerca de 3 mil peças expostas no espaço. Trata-se de objetos pessoais de nomes importantes da história do município, que retratam a época dos barões do café, dos constitucionalistas e a presença indígena, entre outros.

“O trabalho começou com os estudantes conhecendo o acervo e os funcionários do museu. Esse contato inicial foi fundamental para que eles entendessem as necessidades práticas, as demandas do dia a dia de quem trabalha e visita o local”, salienta a coordenadora do curso e orientadora do projeto, Cristina Becker.

Cadastro

O software desenvolvido pelos estudantes permite o cadastro detalhado das peças, com características como imagens, dimensões, estado de conservação, doador e histórico, entre outras informações. Isso facilita a identificação e localização de determinado item.

“Estudamos quais seriam as principais funcionalidades que o programa deve ter para tornar o trabalho mais ágil e eficiente”, explica Kevin Bueno, um dos estudantes. Orientado por Cristina Becker, ele desenvolveu o projeto como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), junto com Lucas de Lima, Lucas Pacheco, Rodrigo Rodrigues e Thais Mendonça.

“A eliminação das fichas de papel economizará muito tempo na hora de cadastrar e localizar uma peça. Será uma tecnologia muito útil na montagem de uma exposição, por exemplo”, afirma a coordenadora do museu, Alzira Mendonça. A doação do software ao município está prevista para o fim de outubro.

Parceria

No segundo semestre deste ano, já está em prática uma nova fase do trabalho conjunto, que prevê o desenvolvimento de um aplicativo para consulta do acervo. A ideia é que gradualmente o acesso às informações seja disponibilizado ao público externo.

“A parceria rende várias oportunidades de desenvolvimento de sistemas e aplicativos com benefícios tanto para o museu quanto para os alunos, que aplicam os conhecimentos na solução de problemas reais”, avalia Cristina Becker.

Segundo a coordenadora do curso técnico de Museologia da Escola Técnica Estadual (Etec) Parque da Juventude, da capital, Cecília Machado, a criação de bancos de dados digitais é fundamental. “Quanto mais fácil o acesso, maior é a garantia da permanência dos objetos como patrimônio. Não se trata apenas de preservar as peças, porém de contextualizar a história por trás delas”, avalia.

Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo