Especialista alerta sobre a importância de manter os animais vermifugados

Mesmo em período de isolamento social, os pets precisam precisam ser acompanhados por um veterinário com vermifugação periodicamente.

O distanciamento social provocou diversas alterações de tarefas costumeiras da população. Mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde de se manter em casa, algumas ações ‘essenciais’ devem ser lembradas de serem realizadas com os pets. Uma delas é a vermifugação dos animais de estimação.

Uma das atividades que quase todos os pets gostam é passear na rua, certo? Sendo assim, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, em que os passeios podem ter sido limitados, é importante manter-se vigilante e preocupar com a saúde do bichinho, fazendo a prevenção de parasitas, conforme afirma a médica veterinária Danielle Dourado Maia.

Especialista alerta sobre a importância de manter os animais vermifugados (Imagem Ilustrativa: ArtTower por Pixabay)

“A vermifugação periódica nos pets é a melhor maneira de controlar a disseminação dos parasitas intestinais, mesmo dentro do período da pandemia. O animal, quando está com verminose, apresenta alterações gastrointestinais, diarreias, muitas vezes falta de apetite, fraqueza, perda de peso e baixa imunidade. Por isso, é recomendável o controle periódico estabelecido pelo médico veterinário, que acompanha a saúde do animal”, explica.

Ainda de acordo com a especialista, essa prática não beneficia somente ao animal, mas também todos os seres humanos que convivem no mesmo espaço que o pet.

“Alguns parasitas intestinais dos animais podem ser transmitidos aos seres humanos. Manter a saúde do pet em dia, adotando hábitos de higiene saudáveis sempre vai ser a atitude mais sábia para a saúde da família inteira. Isso envolve, claro, um protocolo rigoroso de seguir vermifugando com frequência o animal. Independente dele ser filhote ou adulto. Os filhotes são mais sensíveis, suscetíveis aos sintomas, mas o cão adulto também tem que estar periodicamente vermifugado”, relata.

Segundo Danielle, as formas mais comuns dos pets contraírem os vermes são pelo contato direto com fezes de animais contaminados, ingestão de água imprópria e alimentos contaminados ou que tiveram contato com superfícies sujas.

“Outra forma de contaminação seria envolvendo o filhote. No caso, se a mãe estiver infectada, ela pode passar [o parasita] pela placenta, ou também pelo leite materno”, exemplifica.

Intervalo de vermifugação

A especialista esclarece ainda que o intervalo de vermifugação vai depender do nível de exposição do animal avaliado, levando em consideração a quantidade de vezes que ele passeia.

“O veterinário leva muito em conta isso, para estabelecer esse intervalo. Em geral, ele vai variar entre quatro a seis meses, seguindo a lógica do intervalo maior para animais de apartamento, que não saem muito, e menor para os que são mais expostos”, orienta.

Mito ou verdade?

A especialista esclarece que é mito o tutor achar que não é necessário manter a vermifugação em dia em animais que raramente fazem passeios. A contaminação pode ocorrer dentro de casa, durante banho no pet shop ou em estadias em hotéis para animais.

“O animal que não sai na rua tem que fazer o esquema de vermifugação da mesma forma. Talvez ele não esteja tão exposto, mas pode se contaminar. Por exemplo, um animal que tem contato direto como chão que nós pisamos, pode se infestar porque o ser humano pode pisar naquele local com o mesmo sapato que foi na rua. Apesar do pet não sair, nós também trazemos sujidades ao ambiente doméstico. Além disso, ele pode se contaminar pisando e caminhando em hotelzinhos, banho e tosa, e em clínicas veterinárias. Não dá pra saber se todos animais ali estavam bem cuidados”, finaliza a Dra. Danielle Dourado.

Fonte: G1,globo.com (leia a matéria completa)