“Minha cadelinha sumiu, me ajudem a encontrar”. Pedidos como esse são comuns nas redes sociais da Associação de Proteção e Bem-Estar Animal de Governador Valadares (Aprobem), como revela a presidente da entidade, Roberta Campos.
“Em geral, recebemos cerca de oito pedidos por dia. No fim de semana aumenta, passa para 10, 11 mensagens solicitando apoio para encontrar animais perdidos. A gente divulga nas nossas redes sociais, mas nem todos são encontrados”, explica.
Os motivos dos desaparecimentos são variados: o animal que se assustou com algo durante o passeio e saiu correndo, aquele que encontrou o portão aberto durante uma entrega na residência, o bichinho fugiu desnorteado com o barulho dos fogos de artifício, entre outros. Histórias diferentes, com um ponto em comum: a esperança de uma família de ter o pet de volta ao lar.
Para promover os reencontros, os tutores contam com a boa vontade de voluntários que encontram os animais e buscam devolvê-los a seus donos. É o caso da comerciante Rosilene Gil, que no dia 24 de julho encontrou um poodle pelas ruas do bairro onde mora e postou foto do bichinho em diversos grupos de redes sociais até encontrar o dono dele.
“No dia seguinte o dono viu a postagem e me ligou. Se ninguém tivesse aparecido, eu ia doar. Como já aconteceu uma vez, achei um pinscher e tentei achar o dono, como não consegui, levei ele na feira de adoção e consegui um lar para ele”, conta Rosilene.
Esse cuidado com os animais perdidos é fruto da empatia com os bichinhos e com os donos. Ela lembra que também passou pelo sufoco de perder uma de suas cachorrinhas, a poodle Mel, e ficou desesperada à procura da cadelinha.
“Eu fiz anúncio em carro de som e coloquei cartazes no bairro onde ela tinha desaparecido, deu certo. Ela desapareceu pela manhã, de noite uma pessoa que tinha visto o anúncio me ligou e trouxe a Mel de volta. Fiquei muito aliviada, porque ela faz uso de remédio contínuo e poderia morrer se não fosse encontrada logo”, recorda a comerciante.
Plaquinha de identificação
Um item pequeno e barato pode fazer a diferença na hora de localizar os fujões. Roberta Campos afirma que os animais desaparecidos que possuem placas de identificação são encontrados de forma muito mais rápida. Por isso, a Aprobem sempre reforça a necessidade de colocar esse acessório nos bichos.
“Ninguém espera que o seu pet vá sumir, mas é preciso se precaver. Quem vê um animal sozinho de coleira automaticamente já pensa que ele está perdido e ajuda a achar o dono. Se a coleira tiver a plaquinha de identificação, aí se torna bem mais fácil devolver o bichinho ao lar”, afirma.
Apesar de um item simples, Roberta faz alertas para o uso da plaquinha de identificação. É necessário conferir periodicamente se as informações, como nome e telefone do tutor, continuam legíveis, pois é comum que depois de um tempo o material desgaste e seja preciso trocar a plaquinha ou reforçar o escrito.
“Além disso, gatos precisam de uma plaquinha específica para eles. Não pode ser qualquer plaquinha, pois se for algo que fica pendurado, e os gatos têm costume de fugir para passear, essa placa pode agarrar em algum portão e o animal morrer sufocado. É preciso prestar atenção nisso”, destaca ela.
Como pedir/oferecer ajuda
Se você perdeu ou encontrou um animal perdido, passe todas as informações relativas ao bichinho: foto, nome, características físicas, bairro onde desapareceu (ou foi encontrado, no caso do animal perdido) e telefone de contato do responsável para quem tiver informações.
Fonte: G1.globo.com