Veterinária alerta para cuidados com os pets no calor

Com a chegada do verão, os humanos não são os únicos que sofrem com o calor. Os cuidados também devem ser redobrados com os pets, que acabam necessitando de mais hidratação e uma atenção especial.

A Bruna Freire é tutora do Luque, um cachorro da raça pug, que é o xodó da casa. Ela conta que sabe de cor os cuidados que precisa tomar com o animal quando as temperaturas ficam mais elevadas.

Muitos outros problemas, além da respiração, podem prejudicar os pets no calor (Imagem Ilustrativa)

“A gente não sai com ele quando está muito quente, só na parte da manhã ou na parte da noite. Sempre que for passear levar água, sempre tem um potinho de água junto com a gente para poder dar para ele, porque eles sentem muita sede. Quando está muito sol, sempre tem que ter água junto”, comenta.

Em casa, ela também tem truques que auxiliam o Luque a enfrentar o calorão.

“A gente sempre coloca um ventiladorzinho no chão para ele, coloca pano gelado no chão para ficar mais fresquinho, porque quando está muito calor ele sempre deita no chão. Então a gente sempre deixa um ventilador e um pano molhado sempre junto, porque ele deita em cima do pano molhado também”.

Bruna explica que quando o amigo de quatro patas está muito agitado, fica com a respiração ofegante ou não quer brincar, algo está errado. A raça dele é branquicefálica, tem o fucinho achatado e, por isso, respirar é ainda mais difícil.

De acordo com a veterinária Dayane de Souza Lopes, o número de atendimentos aumenta nessa época do ano, tanto na clínica, quanto no banho e tosa. Embora as raças com a mesma condição que a do Luque sofram, eles não são os únicos. Muitos outros problemas, além da respiração, podem prejudicar os pets no calor.

“No calor acaba aumentando a incidência de alteração de dermatites na pele do animal e problemas realmente de insolação, problemas em coxins [almofada das patas], porque as pessoas saem em horário que não são legais para passear com o animal”, conta.

Para não ter dor de cabeça com os bichinhos, valem alguns cuidados a mais. Eles podem até tomar tempo, mas colaboram para o bem-estar dos pets, como explica Dayane.

“A gente esquece que o animal não tem sapato, então a gente sai com o nosso chinelo, com nosso sapato, e esquece que eles não têm essa proteção. O que eu indico para os clientes é pensar se você estivesse descalço, se o animal vai conseguir andar naquele solo”, comenta.

A veterinária também faz um alerta para quem tem o hábito de deixar o animal preso dentro do carro. Mesmo que o vidro esteja parcialmente aberto, a situação pode ser fatal, explica.

“A gente sabe que o caso do cachorro ficar dentro de um lugar fechado, abafado, mesmo se você deixa um pouco da janela aberta. A gente esquece que aquilo acaba virando um forno. O animal pode acabar a vir até a óbito dependendo do tempo que é deixado lá dentro”, afirma.

O ideal é deixar os animais de estimação em lugares abertos e bem ventilados. Se necessário, os tutores devem investir no ventilador e sem esquecer a água fresca, que pode ter gelo.

Fonte: G1.globo.com