Estado de SP registra recorde diário de casos e mortes por Covid-19

SP teve 327 mortes e 6.999 novos casos em 24h, maiores números desde o início da pandemia. Taxa de ocupação de UTI subiu para 73,5% no estado e 85,3% na Grande São Paulo em relação à segunda-feira (1º).

O estado de São Paulo registrou 327 novas mortes causadas pelo novo coronavírus nesta terça-feira (2). O número é o mais alto desde o início da pandemia. Também foram registrados 6.999 novos casos confirmados, número que também supera o recorde anterior.

Desde o início da pandemia, o total no estado chegou a 7.994 mortes causadas pelo novo coronavírus e 118.296 casos confirmados da doença.

Os números não significam, necessariamente, que as infecções e mortes aconteceram de um dia para o outro, porque o balanço estadual considera a data em que os diagnósticos foram contabilizados no sistema. As notificações costumam ser menores aos finais de semana e às segundas-feiras, já que os municípios trabalham com equipes de saúde reduzidas.

Nesta última segunda-feira (1), por exemplo, foram contabilizados 52 óbitos e 1.598 casos a mais em relação ao domingo (31). No domingo, foram 83 mortes e 2.556 novos casos confirmados a mais, enquanto no sábado (30), o número de mortes registradas em 24h foram de 257, com 5.586 novos casos da doença. Já na sexta-feira (29), foram somadas 295 novas mortes e 5.691 casos confirmados da Covid-19 no estado.

Nesta segunda-feira (1º) entrou em vigor o início da flexibilização da quarentena na capital, que permitiu a reabertura de alguns setores da economia em determinadas regiões do estado.

O recorde anterior de novos casos ocorreu na última quinta-feira (28), com 6.382 confirmações em um dia, logo após o anúncio da flexibilização gradual da quarentena para algumas regiões do estado, feito pelo governador João Doria (PSDB). Já o recorde de mortes anterior era do dia 19 de maio, quando foram confirmadas 324 mortes.

Internações estabilizadas e aumento da testagem

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta terça, o comitê de saúde do estado de São Paulo atribuiu o avanço dos casos ao aumento da capacidade de testagem no estado. O governo defende que, apesar de mortes e casos estarem subindo, a epidemia está crescendo mais devagar.

Os números exatos de quantos testes são feitos por dia no estado, no entanto, ainda não foram divulgados.

“A nossa tendência com relação a internações é que, por enquanto, ela tá estabilizada, até reduzindo. O número de casos está aumentando, os 7 dias versus 7 dias anteriores, porque também nós estamos aumentando a testagem. Então a nossa expectativa é que esse número cresça e ele deve crescer porque nós vamos testar muito mais”, afirma Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico.

De acordo como governo, o total de pessoas internadas para tratamento da doença caiu nesta terça (2). São 11.940 pacientes, sendo 7.479 em enfermaria e 4.461 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Na segunda, eram 12.920 internados, sendo 7.777 em enfermaria e 4.681 em UTI.

Apesar disso, a taxa de ocupação das UTIs voltou a subir. No estado o índice subiu de 69,3% para 73,5% de segunda para terça-feira. Na Grande São Paulo, o número foi de 83,2% para 85,3%, segundo a secretaria estadual.

As altas hospitalares de pacientes suspeitos e confirmados de coronavírus subiram para 22.265. Na segunda, o total de altas eram 21.470.

Critérios para flexibilizar isolamento

As medidas do sistema de saúde são agora utilizadas pelo governo do estado como principal critério no novo plano para definir quais municípios poderão flexibilizar as medidas de isolamento social.

O cálculo leva em consideração a capacidade hospitalar para cada 100 mil habitantes, ocupação de leitos de UTI da rede pública e privada, novas internações, novos casos e novas mortes nos últimos 7 dias.

A taxa de isolamento social, que vinha sendo adotada pelos governos estadual e municipal como um dos principais critérios para definição de medidas para contenção da doença – com índice mínimo de 55% – deixou de balizar as ações para flexibilização da quarentena com a reabertura gradual do comércio.

Fonte: G1.globo.com (leia a matéria completa)