Músico voluntário canta para pacientes em hospital em Bragança Paulista

Há mais de dois anos, o cantor Joel Gil faz apresentações pelos corredores do Hospital Universitário. Ele começou o trabalho tocando violão e hoje canta quase todos os dias no local.

Um músico dedica diariamente parte do seu tempo para cantar no Hospital Universitário São Francisco, em Bragança Paulista (SP). Eletricista no prédio vizinho à unidade, Joel Gil, de 32 anos, dedica o tempo livre do horário de almoço, para alegrar e emocionar os pacientes.

A inspiração nasceu de um trabalho parecido, feito por outro voluntário. Um saxofonista fazia apresentações no local. Um dia, enquanto trabalhava, o eletricista ouviu o som da apresentação e decidiu fazer uma parceria com ele.

Joel canta para pacientes de hospital em Bragança Paulista (Imagem: Reprodução/G1)

Na época Joel fazia aulas de violão e começou tocando o instrumento para treinar. Depois de um ano tocando em dupla, o saxofonista deixou o Brasil e o eletricista começou a se interessar por outra atividade – o canto.

As canções escolhidas são as que falam de Deus. Segundo o cantor, que é evangélico, a intenção é levar por meio da música, uma palavra de esperança a quem está doente. “Deixamos a religião de lado para falar de Deus. Ganho com isso a alegria e o sorriso das pessoas”, disse.

Além de cantar, Joel dedica um tempo para ouvir as histórias dos pacientes. Uma delas, em especial, marcou o músico.

O ajustador mecânico César Fura foi internado em outubro do ano passado para ser submetido a uma cirurgia. Ele contou que estava chateado no hospital quando começou a ouvir uma música cantada por Joel.

Ele contou que saiu da cama e, emocionado, foi assistir de perto a apresentação. “É um trabalho maravilhoso”, disse. César ficou internado por cerca de três semanas no hospital, sendo parte desse tempo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Avaliação

Segundo Suziane Siqueira, responsável pelo setor de humanização do Hospital Universitário São Francisco, a música ameniza as sensações de medo, insegurança , tristeza e solidão dos pacientes. Para ela, é como se eles esquecessem que estão em um leito de hospital.

“O trabalho voluntário do Joel é essencial, para pacientes e funcionários do hospital, acalma nossas almas, corações e nos ajuda a buscar serenidade para conseguirmos dar o nosso melhor aos pacientes” disse a coordenadora.

Fonte: G1.globo.com