Hipertensão: conheça os riscos da doença e como se prevenir

Em 95% dos casos a condição é genética; por isso, na terceira ou quarta década de vida a pressão começa a subir.

A hipertensão arterial é uma doença crônica, degenerativa e perigosa que atinge grande parcela da população brasileira. Conhecida também como “pressão alta”, é mais comum nos homens, porém pode acontecer com mulheres, jovens, idosos e até mesmo em crianças. O fator genético contribui muito, mas a má alimentação, com o uso exagerado de sal, e o sedentarismo também contribuem.

“Em 95% dos casos a doença é genética. Por isso, na terceira ou quarta década de vida a pressão começa a subir. Ter hipertensão, cedo ou tarde, de uma forma mais intensa ou mais fácil de se tratar, vai depender do estilo de vida. Por isso, muito antes de a pressão subir, se existe um controle e cuidado da saúde, mesmo tendo fator genético, essa doença pode se manifestar mais tarde”, explica o cardiologista Celso Amodeu.

Quem sofre com a doença deve consumir apenas 2 gramas de sal por dia, dividindo a porção entre 1 grama no almoço e 1 grama no jantar. De acordo com a nutricionista Karin Klack, a preparação da refeição deve ser feita sem sal, colocando o ingrediente apenas na hora de comer.

“Não podemos esquecer que o sódio está presente em uma série de alimentos, como os enlatados (milho, ervilha e molho de tomate), os embutidos (linguiça, salsicha, salame, presunto e mortadela). Deve haver muita moderação no consumo destes alimentos”, afirma.

A falta de sal pode significar falta de sabor, mas há truques para substituí-lo, sem você sentir falta. No preparo das refeições capriche em temperos naturais, como ervas, alho, cebola, limão e vinagre, por exemplo.

Alguns alimentos parecem inofensivos, mas podem oferecer altos níveis de sódio. É o caso dos queijos, temperos prontos, manteigas e margarinas e o macarrão instantâneo. Karin recomenda ler a rotulagem para ver a quantidade de sódio presente e trocar, sempre que estiver disponível, por alimentos em versões sem sal.

Outra dica importante é não pular o café da manhã, pois o jejum pode estimular tanto a hipertensão como o diabetes. “Além disso, ficar em jejum pode levar a uma redução na taxa do metabolismo e, com isso, dificultar a realização do trabalho e outras atividades do dia a dia, devido à baixa oferta de energia”, explica a médica Elisabete Almeida.

Além dos cuidados necessários, é preciso se preocupar com o peso. Manter um peso adequado com sua altura e idade contribui bastante para reduzir a hipertensão.

É melhor prevenir

Cerca de 95% dos casos de hipertensão são genéticos e passam de pai para filho. No entanto, segundo o cardiologista do Instituto Dante Pazzanese Celso Amodeo, os sintomas e o aumento da pressão arterial podem aparecer precocemente de acordo com o estilo de vida de cada pessoa.

No caso de pessoas sedentárias, fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas e consomem alimentos com muito sal, a probabilidade de aumento de pressão acontecer mais cedo e mais grave é maior.

De acordo com o especialista, “para que os sintomas sejam manifestados tardiamente e com menor gravidade é preciso praticar exercícios físicos regularmente, evitar o ganho de peso, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas e, principalmente, controlar a alimentação para não consumir alimentos ricos em gordura e com excesso de sal”.

Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo