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Leituras de Dramaturgia do mês de setembro no Edith Garagem falam da força da mulher

As Leituras de Dramaturgia de setembro no Edith Garagem, se debruçam sobre dois textos com a mesma história, dois olhares sobre o mesmo tema: a força da mulher num mundo dominado pelos homens.

O primeiro, realizado na quarta-feira (12), foi a tragédia grega escrita por Eurípedes, “Medeia”; e o segundo (que é inspirado no primeiro) será “A gota d’água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes, no próximo dia 26/09, também quarta, às 19h30. A participação é gratuita.

Medeia é uma tragédia grega de Eurípides, datada de 431 a.C. Nela foi apresentado o retrato psicológico de uma mulher carregada de amor e ódio a um só tempo. Medeia representa um novo tipo de personagem na tragédia grega, como esposa repudiada e estrangeira perseguida, ela se rebela contra o mundo que a rodeia, rejeitando conformismo tradicional. Tomada de fúria terrível, mata os filhos que teve com o marido, para vingar-se dele e automodificar-se. É vista como uma das figuras femininas mais impressionantes da dramaturgia universal.

Considerada chocante para os seus contemporâneos, Medeia foi a última das peças apresentadas no festival Dionísicode 431 a.C. Não obstante, a peça continuou a fazer parte do repertório teatral de tragédias e experimentou um interesse renovado com o surgimento do movimento feminista, atendendo ao tema da decisão de uma mulher, Medeia, sobre a sua própria vida num mundo dominado pelos homens. A peça manteve-se como a tragédia grega mais frequentemente encenada ao longo do século XX.

Gota d’água é o título da peça teatral (drama), de autoria dos escritores brasileiros Chico Buarque e Paulo Pontes. A idéia do texto foi originalmente derivada de um trabalho de Oduvaldo Viana Filho, que adaptara a peça grega clássica de Eurípides sobre o mito de Medeia, para a televisão. Esse drama é a tragédia da vida brasileira.

Dividida em dois atos, A Gota d’Água espelha uma tragédia urbana, banal nos grandes centros, nas favelas do Rio de Janeiro, onde está ambientada. Retrata as dificuldades vividas por moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-Dia, que na verdade são o pano-de-fundo para o drama vivido por Joana e Jasão que, tal como na peça original, larga a mulher para casar-se com Alma, filha do rico Creonte. Sem suportar o abandono, e para vingar-se, Joana mata os dois filhos e suicida-se.

O Edith Garagem fica na Rua Cel. João Leme, 229, Centro, em Bragança Paulista.

Fonte: Shel Almeida – Jornalista, Assessoria de Comunicação

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