Estudo visa prevenir enchentes em 11 municípios, incluindo Atibaia

Com a realização do terceiro seminário, desta vez virtual, o estudo que visa prevenir enchentes nos 11 municípios da Bacia do Rio Jundiaí chegou à sua quinta etapa. O evento foi promovido nesta quinta-feira, 3 de setembro, pela Coordenação de Projetos da Agência das Bacias PCJ, com a participação de cerca de 30 pessoas. Na ocasião foram apresentadas as primeiras recomendações do prognóstico do Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Rio Jundiaí, com ações imediatas e não estruturais.

Entre as intervenções imediatas estão a sugestão de áreas a serem preservadas para a detenção de cheias; recomendações de desocupação de áreas situadas em locais de risco de inundação; indicação de ações nos sistemas de drenagem e proposição de medidas de utilização e proteção para áreas de várzea desapropriadas.

Terceiro seminário para elaboração do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Rio Jundiaí, realizado em formato virtual (Imagem: Divulgação/ Agência das Bacias PCJ)

Entre as intervenções não estruturais, estão diretrizes para a elaboração de Planos Municipais de Drenagem com cadastro de rede de drenagem municipal e levantamentos topográficos; planos de contingência e disciplinamento do uso do solo com zoneamento de planícies de inundação, regulação do escoamento superficial de novos empreendimentos; implantação de sistemas de alerta monitoramento e seguros baseados nas chuvas observadas na Bacia Hidrográfica do Rio Jundiaí e na necessidade instalação de rede de monitoramento hidrometeorológico e da instalação de sistema de alerta, além de diretrizes para o manejo de águas pluviais dos municípios.

“Nesta etapa foram elencadas as primeiras ações que visam o combate às enchentes em escala de bacia hidrográfica. Estas ações não estão relacionadas ainda com a proposição de obras civis, mas no planejamento como indicação de áreas a serem preservadas, desocupação de áreas sujeitas à inundação, ações no sistema de drenagem, além das ações não estruturais”, explicou a coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Elaine Franco de Campos.

O folder informativo do Seminário III pode ser acessado neste link: https://bit.ly/31SjBtg

Macrodrenagem

No total, o projeto tem um investimento de R$ 1.484.266,96, provenientes da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União (Cobrança PCJ Federal). A execução técnica está a cargo da empresa Profill Engenharia e Ambiente, de Porto Alegre (RS), vencedora da licitação realizada pela Agência das Bacias PCJ.

O plano, que teve início em fevereiro de 2019 e deverá ser concluído até fevereiro de 2021, irá caracterizar as causas das inundações ocorridas nas zonas urbanas dos municípios localizados na região e apresentará propostas de implantação de ações estruturais e não estruturais para controle de cheias, a curto (5 anos), médio (10 anos) e longo (20 anos) prazos, nas áreas urbanas e rurais.

O objetivo é reduzir progressivamente a frequência, a intensidade e a gravidade das ocorrências de enchentes. Além de Jundiaí, outros 10 municípios da região serão beneficiados: Atibaia, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Indaiatuba, Itu, Itupeva, Jarinu, Mairiporã, Salto e Várzea Paulista.

“A elaboração do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Rio Jundiaí é uma ação almejada pelos Comitês PCJ há muitos anos, que finalmente está se tornando realidade. Esse planejamento para Bacia Jundiaí também é fortemente demandado pelos municípios que a compõe, pois irá nortear a definição de diretrizes gerais de caráter regional, visando orientar a elaboração ou revisão de Planos Diretores Municipais de Macrodrenagem, adequados à realidade de cada município e da unidade hidrográfica envolvida”, destacou Elaine.

Além de representantes dos municípios e da empresa responsável, participaram da reunião desta quinta-feira colaboradores da área técnica da Agência das Bacias PCJ, representantes da gerenciadora da Coordenação de Projetos (Novaes Engenharia), do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado) e do GT (Grupo de Trabalho)-Drenagem da Câmara Técnica de Saneamento, entre outros membros dos Comitês PCJ.

A macrodrenagem corresponde à rede de drenagem natural dos corpos d’água, como também obras que a modificam e complementam, tais como canalizações, barragens, diques e outras. Também contempla um conjunto de ações estruturais e não estruturais destinadas a controlar cheias para evitar inundações e suas consequências.

Fonte: Assessoria de Comunicação Agência das Bacias PCJ