Rio Atibaia registra vazão até 45% abaixo da média mesmo no início da estiagem, e PCJ teme seca severa

A vazão do Rio Atibaia está abaixo da média histórica para abril em dois pontos de captação, segundo os dados do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do estado. Para o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), o índice preocupa porque o período de estiagem ainda está no começo.

(Foto: Reprodução/ EPTV)

Coordenador de projetos do consórcio, José Cesar Saad explicou que a queda na vazão dos mananciais tem relação com o volume de chuva, que também ficou aquém do esperado em abril. “As chuvas neste mês nas bacias do PCJ estão com 65% da média histórica para o mês de abril. Já no Sistema Cantareira, que é a nossa grande reserva, elas estão em 16% da média para o mês”.

“Os institutos de meteorologia indicam que os meses de maio, junho e julho serão meses com chuvas também abaixo da média. Isso mostra que nós teremos um período seco bastante severo, haja vista o que enfrentamos no mês de abril”, completou Saad.

O Rio Atibaia é a fonte de água que abastece 95% da população de Campinas. No ponto de captação de Valinhos (SP), cidade vizinha, a vazão registrada nesta terça-feira (26) foi de 18,87 metros cúbicos por segundo, índice 33,08% abaixo da média para o mês.

Segundo os dados do DAEE, a média histórica para abril no ponto de Valinhos é 18,87 metros cúbicos por segundo.

Já o ponto de captação em Paulínia (SP) registrou vazão 45% menor que a média. A expectativa para abril é 26,39 metros cúbicos por segundo, mas estava em 14,50 m³/s nesta terça, segundo o DAEE.

Situação de estiagem tem se agravado, diz DAEE

A coordenadora da sala de situação do DAEE, órgão que acompanha o cenário hídrico do estado de São Paulo a partir de 50 estações pluviométricas e fluviométricas nas bacias dos rios, afirmou que as estiagens tem gerado situações mais críticas nos últimos anos.

“Monitoramos chuva, nível e vazão [dos rios] e essas informações nos auxiliam no monitoramento tanto das inundações quanto da estiagem na bacia, e o que a gente tem verificado nos últimos tempos, nos últimos anos, é que o a situação de estiagem tem se agravado”, disse Ísis da Silva Franco.

“Isso acaba influenciando no abastecimento público, nos diversos usos múltiplos que existem aqui nas bacias PCJ. Agora, a gente entrando no período de estiagem que inicia em abril, a probabilidade de ocorrência de chuva passa a ser menor”, completou.

Fonte: G1.globo.com