Atenção aos riscos de alimentos impróprios para pets nas festas de fim de ano

Consumo desses "petiscos" podem causar reações que vão desde vômitos até danos à saúde dos rins dos animais.

Com as festas de fim de ano se aproximando, a preparação para as ceias e mesas de Réveillon mobilizam diversas famílias pelo país. É também durante este período que muitos tutores de pets costumam oferecer petiscos que fazem parte da dieta humana, mas que podem trazer grandes riscos para os bichinhos.

O g1 conversou com a médica veterinária especialista em nutrição de cães e gatos, Lara Volpe, que afirma que o consumo de alimentos impróprios para estes animais podem causar reações que vão desde vômitos até danos à saúde dos rins.

(Imagem Ilustrativa: annmariephotography por Pixabay)

“O consumo de uvas (frescas ou passas), ingredientes muito comuns nessa época do ano e presentes até em panetones, causam reações, como vômito, diarreia, apatia, falta de apetite, dor abdominal, fraqueza e pode até danificar a saúde dos rins”, explica.

Além destes alimentos, a profissional também alerta para o consumo de chocolates, carnes de churrascos e até mesmo ingredientes como cebola e alho que podem causar reações mais graves.

O chocolate possui uma substância tóxica para cães e gatos e o consumo pode acarretar em vômitos, diarreia, agitação, tremor muscular, fraqueza e até sinais mais graves como palpitações no coração, convulsões e morte.

Segundo Lara, oferecer a gordura da carne e até osso para os animais pode levar a inflamação do pâncreas, o que gera dor e sofrimento ao pet.

“O consumo de ossos pode ser ainda mais perigoso, pois é comum causar a quebra de dentes e pode até perfurar o intestino, levando a uma condição de urgência”, diz.

Em casos onde o tutor perceba algum sintoma no animal, é preciso levá-lo imediatamente para o médico veterinário de confiança para que o diagnóstico correto e o tratamento adequado sejam feitos.

Petiscos apropriados

Existem diversas opções de petiscos para cães e gatos aproveitarem as festas ao lado de seus tutores, como biscoitos, bifinhos e até alimentos úmidos.

No entanto, é preciso ter atenção para que o consumo destes alimentos não seja em excesso. “O tutor deve conferir na embalagem a quantidade máxima que pode ser ofertada do petisco para o seu pet”, explica Lara.

A rotina alimentar ideal para um pet vai depender do tipo de alimentação fornecida pelo tutor. Segundo Lara, os cuidados são diferentes para alimentos secos e úmidos. Confira algumas dicas:

Alimentos secos para cães

  • Verificar a quantidade diária indicada na embalagem;
  • Dividir a porção diária indicada em, pelo menos, duas refeições (se o cão for adulto) ou, pelo menos, três refeições (se o cão for filhote) por dia;
  • Fornecer o alimento em um local tranquilo, ao abrigo do Sol, em um pote limpo e seco e deixar à disposição do pet por até 30 minutos;
  • Se o cão não tiver ingerido toda a refeição, descartar o restante e fornecer o equivalente às sobras na próxima refeição.

Alimentos secos para gatos

  • Dividir em, no mínimo, três porções ao dia. O ideal é que o alimento fique disponível o dia todo, uma vez que é um comportamento natural dos gatos realizar várias e pequenas refeições ao dia;
  • Verificar a quantidade diária indicada na embalagem. O número de refeições é livre, mas a quantidade não;
  • Fornecer o alimento em local tranquilo, ao abrigo do Sol;
  • Sempre descartar as sobras do dia anterior (24 horas) e lavar e secar o comedouro uma vez por dia.

Alimentos úmidos para cães e gatos

  • Verificar a quantidade diária indicada na embalagem;
  • Dividir a porção diária indicada em, pelo menos, três refeições por dia;
    Fornecer o alimento em um pote limpo e seco e deixar à disposição do pet por até 30 minutos;
  • Se o pet não tiver ingerido toda a refeição, descartar o restante e fornecer o equivalente às sobras na próxima refeição.

Fonte: G1.globo.com