Com a chegada do frio, pets precisam de cuidados especiais

Maio está quase no fim, e ao longo do mês diversas cidades brasileiras tiveram um gostinho do frio que há por vir. O inverno está chegando, e assim como nós, humanos, os bichinhos de estimação precisam adaptar sua rotina para não sofrer com o frio.

Muitas pessoas pensam que, por terem pelos, os pets não sofrem com temperaturas baixas, mas a especialista Luana Sartori, veterinária da Nutrire, alerta que cães e gatos podem ficar doentes se não forem aquecidos em dias com vento, chuva e frio.

Animais sofrem com o frio e podem até adoecer por conta disso. (Imagem Ilustrativa: Ebowalker por Pixabay)

Se você se preocupa em garantir a saúde de seu bichinho nos dias mais frios do ano, continue lendo e conheça as dicas da veterinária:

Será que ele está com frio?

Cães e gatos têm comportamentos similares quando estão sentindo frio. A especialista Luana Sartori conta que os animais de estimação buscam “lugares quentes, como os cantinhos da casa”, para se aquecer. Eles costumam ficar enroladinhos no próprio corpo, os focinhos e orelhas ficam gelados”, indica.

Gatos tendem a procurar as cobertas e tecidos quentinhos para espantar o frio. Com os felinos, é preciso redobrar o cuidado com as “saidinhas”, pois gatos com acesso à rua estão mais vulneráveis aos perigos do frio. “O principal fator de risco para a saúde e segurança dos gatos é rua”, acrescenta a veterinária.

“Não esqueça que animais de rua sofrem muito mais com as temperaturas baixas. Se você quiser ajudar a aquecer um bichinho sem dono, encontre uma entidade protetora perto de você e doe o que puder”, pede a especialista.

A roupinha ajuda?

Depende. “É preciso analisar com bom senso, pois o que pode ser bonitinho para as pessoas, pode ser desconfortável ao extremo para o pet”, explica Luana. Cachorros são mais tolerantes, mas os gatos geralmente não gostam de roupinhas, com poucas exceções.

Luana revela que cachorros mais velhos e filhotes se adaptam melhor ao uso de roupas. “Para os animais idosos ou com pelo curto, que sentem mais frio, as roupinhas são uma boa opção”, explica.

Além do possível desconforto, alguns tecidos podem provocar alergias em seu pet. O melhor é procurar um veterinário antes, e pedir indicações de tecidos que melhor se adaptem ao bichinho.

Animais podem pegar gripe?

Sim, eles também ficam resfriados, e os sintomas são bem parecidos com os da gripe humana. “Espirros, falta de apetite, secreção ocular e nasal, e febre podem ocorrer. Além disso, quando estão gripados, os animais ficam apáticos, sem vontade de brincar ou interagir com seus tutores”, explica Luana.

Apesar da chance de ficarem gripados em qualquer estação, o inverno é sempre mais perigoso, principalmente para os animais que dormem nos pátios das casas. Filhotes e idosos também sofrem mais com o frio e estão bem mais suscetíveis às doenças respiratórias.

E o coronavírus?

Até o momento não há indicações cães e gatos contraiam o mesmo vírus dos humanos. A gripe felina se chama Rinotraqueíte Felina e pode ser provocada pelo vírus Herpesvírus felino tipo 1 ou FeHV-1. “Por ser caracterizada pelos sintomas respiratórios, é também conhecida como Complexo Respiratório Viral Felino (CRVF) e acomete o trato respiratório superior”, explica. Seu período de incubação é curto, sendo que no inverno os casos se multiplicam e se manifestam com muita intensidade.

Já nos cães, a gripe é pelo vírus influenza A e a Traqueobronquite Infecciosa Canina é fruto da infecção por parainfluenza, bordetella e adenovirus. Cães e gatos também podem pegar resfriados mais comuns, onde os sintomas também são mais leves”, conclui a veterinária.

A indicação da OMS é de que humanos com sintomas do covid-19 fiquem longe de seus animais de estimação, evitando o contato o máximo possível. Embora não haja evidências científicas de contágio, o cuidado é sempre bem vindo.

Meu cachorro dorme fora, e agora?

A primeira coisa é garantir uma casinha com cobertura e cobertor para o pet, nunca em espaço aberto. Se o pet está acostumado a dormir na rua, garanta que ele esteja longe da chuva e do vento direto.

“Proteja a cama do cão colocando revestimento de borracha ou estrado evitando o contato direto com o chão”, diz.

Fonte: Metro Jornal (Leia a matéria completa)