Leishmaniose visceral canina é mais comum em épocas de calor

Doença grave é provocada por um protozoário, transmitido aos cães através da picada de um mosquito.

Os períodos de temperaturas mais elevadas não trazem apenas mais chuvas. Trata-se da época do ano mais propícia para várias doenças transmitidas por vetores, como a leishmaniose, e o aumento da presença de ectoparasitas como pulgas e carrapatos, que intensificam sua multiplicação em ambientes quentes e úmidos, causando terríveis desafios para os pets.

Segundo dados da Fiocruz, o Brasil concentra 90% dos casos da leishmaniose na América do Sul. “Definitivamente, a doença deixou de ser restrita às áreas rurais e espreita importantes zonas populacionais em diferentes estados”, alerta o médico veterinário Jaime Dias.

(Imagem Ilustrativa de Andre Hart por Pixabay)

A leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave, provocada por um protozoário do gênero Leishmania, transmitido aos cães através da picada da Lutzomyia longipalpis, também conhecida como, “mosquito palha”. A doença não é contagiosa e a transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do “mosquito” infectado.

Os sinais clínicos mais frequentes nos cães são desânimo, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento progressivo, descamações na pele, aparecimento de feridas no focinho, orelhas, articulações e cauda, perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, vômito, diarreia, além de acometer órgãos importantes como baço, fígado, rins.

Segundo Jaime Dias, a leishmaniose é uma doença de evolução crônica que, se não diagnosticada a tempo, pode levar a óbito, além de ser considerada uma zoonose grave. “Por isso, a importância de procurar um médico veterinário sempre que houver qualquer suspeita da enfermidade”.

Atenção às pulgas e carrapatos

O aparecimento de pulgas e carrapatos nos pets também aumenta no verão. Esse período de altas temperaturas e clima úmido, oferecem condições ideais para reprodução desses terríveis parasitas.

Os especialistas alertam que a maior parte destes, cerca de 95%, estão no ambiente. “Os sinais mais comuns são coceira, lesões de pele, dermatite alérgica, inquietação, emagrecimento, falta de apetite, além de enfermidades que podem ser transmitidas por estes agentes, como a doença do carrapato”, pontua o gerente técnico da área de animais de companhia da Vetoquinol Saúde Animal.

Fonte: Petepop (leia a matéria completa)