Veterinária alerta sobre cuidados com pets jovens para velhice saudável

Acompanhamento do animal evita doenças mais agressivas, segundo a veterinária.

A veterinária Francine Calderon explica a importância de cuidar dos pets na juventude e colher os benefícios a longo prazo.

(Imagem Ilustrativa: Marilou Burleson por Pixabay)

O vira-lata caramelo Alecrim, de Sorocaba (SP), tem quase duas décadas de vida. Para chegar à velhice saudável, a família ficou atenta aos cuidados diários. O g1 conversou com uma veterinária que explica a importância de cuidar dos pets na juventude e colher os benefícios a longo prazo.

Em Sorocaba (SP), a advogada Iris Bardelotti Meneguetti lembra que queria um cão para fazer a segurança do escritório e adotou o Alecrim.

Atualmente sem dentes, a ração tem que ser especial e preparada especialmente para ele. Além disso, o caramelo toma vitaminas que o mantém ativo, sempre pronto para um passeio na rua.

“Todos os dias eu olho pra ele e penso: ‘acho que dura mais uns dois anos’. E sempre passam dois anos e ele continua forte”, diz a tutora.

O gato Billy vive há 16 anos também recebendo cuidados exclusivos da tutora Claudete Cardoso. Ao g1, ela conta que ele era um filhote do vizinho quando se propôs a levar nas primeiras consultas ao veterinário. Ela até tentou devolver o Billy para a casa ao lado, mas o bichinho voltava.

“Na verdade, ele que me adotou”, brinca.

Com cinco anos, o Billy foi diagnosticado com doença renal. Desde então, está em tratamento. Come uma ração especial, toma vitaminas, faz o uso de remédios e soro duas vezes por semana.

A Claudete dedica maior parte do tempo para dar uma boa vida ao gato. A cada seis meses eles têm visita marcada ao veterinário.

“Ele precisa de mim. Jamais passou pela cabeça parar de cuidar dele. Ele é meu filho, deixo de comprar coisas para mim para comprar ele, vou cuidar dele até o último momento”.

Prevenção

Cuidar da saúde desde o começo da vida é essencial para aumentar a expectativa de vida do pet. A veterinária Francine Calderon explica que a medicina veterinária preventiva é a mais praticada.

“Seria o acompanhamento rotineiro dos animaizinhos, evitando que as doenças surjam de formas mais agressivas, além da boa alimentação. Os tutores estão mais cuidadosos nesse sentido de perceber qualquer alteração”, diz.

No caso dos felinos, alteração renal é comum por terem menos células nos rins, segundo a especialista, então é necessária uma dieta com sachês e bastante água, afim de evitar doença.

Sobre a vida ativa do caramelo Alecrim, a veterinária conta que ele ainda não “percebeu” que a idade chegou, tem um espírito jovem, mas logo pode apresentar alguns sinais da velhice avançada. Geralmente, os pets velhos ficam mais quietos, inclusive os gatos podem dormir até 18 horas por dia.

Segundo a veterinária, a expectativa de vida dos cães é maior. Em especial os de menor porte. Eles têm o metabolismo mais rápido e as células sobrevivem por mais tempo.

“Eu já tive paciente de 19, 20 anos que tinha uma boa qualidade de vida, que é o que a gente prioriza nessa idade. É quando começa vir problemas relacionadas à idade. Pegando tudo no início é possível dar uma qualidade de vida para o animal e com isso ele tem uma expectativa de vida mais avançada”, orienta.

Fonte: G1.globo.com