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Outubro Rosa: 9 alimentos anti-inflamatórios para combater o câncer de mama

Um artigo publicado recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirma que 13% dos casos de câncer de mama em 2020 no Brasil (cerca de 8 mil) poderiam ter sido evitados com a redução dos fatores de risco relacionados ao estilo de vida, incluindo a alimentação ruim, além de sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool. Estudos indicam que diferentes componentes dos alimentos podem impactar a saúde celular através da modulação de processos envolvidos com o surgimento do câncer de mama. Como a doença pode levar décadas para se desenvolver, é sempre tempo de começar a adotar uma alimentação mais saudável e com menos produtos industrializados. Abaixo, vamos listar 9 alimentos anti-inflamatórios, entender um pouco sobre seus nutrientes e ver 13 dicas para incluí-los na dieta.

Quanto mais escuro o chocolate, mais cacau ele tem em sua composição, oferecendo mais benefícios à saúde (Imagem Ilustrativa de Alexander Stein por Pixabay)

9 alimentos anti-inflamatórios

1. Cacau 🍫 – Fonte de polifenóis, como catequinas, antocianinas e proantocianidinas, que possui ação anti-inflamatória e antioxidante. Quanto mais cacau tiver o chocolate, e os mais escuros costumam ter mais cacau, melhor. Por isso, o ideal é consumir os com 60% de cacau para cima;

2. Cúrcuma – possui a curcumina, polifenol conhecido por diminuir inflamação;

3. Frutas vermelhas 🍓 – fontes de vitamina C e dos polifenóis antocianinas e resveratrol, com ação antioxidante;

4. Linhaça – contém lignanas, fitoestrógenos que podem competir com o estrógeno humano;

5. Chá verde 🍵 – rico em catequinas; que também que possui ação anti-inflamatória e antioxidante;

6. Aveia – fonte de betaglucanas, fibra que protege o sistema imune, sendo fermentada em ácidos graxos de cadeia curta;

7. Amendoim 🥜–fonte de fibras e de resveratrol (em sua casca);

8. Sardinha – um dos peixes mais ricos em ômega 3, mas outros alimentos fontes do nutriente, como salmão, atum, sementes como as de chia e linhaça e oleaginosas como nozes também são fontes do nutriente;

9. Brócolis 🥦 – fonte de fibras, vitamina C e de glicosinolatos que aumentam a excreção intestinal de estrógeno.

4 nutrientes anti-inflamatórios dos 9:

Polifenóis

“Os polifenóis são os compostos bioquímicos responsáveis pela cor dos alimentos de origem vegetal. As plantas produzem polifenóis como um mecanismo de defesa a agressões e, em nosso corpo, possuem um papel benéfico. Apresentam ação antioxidante, neutralizando radicais livres e reduzindo o estresse oxidativo. Estão presentes em frutas, nos vegetais, no chá verde, no cacau e nas especiarias”, explica Juliana Gropp.

Vitamina C

“A vitamina C é um potente antioxidante que também diminui radicais livres. Está presente nas frutas cítricas, vermelhas e em vegetais, como os pimentões, brócolis, couve, entre outros”, informa a nutri.

Ômega 3

“O ômega 3 é uma das principais substâncias anti-inflamatórias presentes na natureza. Ele estimula a produção de citocinas anti-inflamatórias no corpo. Está presente em peixes de águas profundas (sardinha, salmão, arenque, atum, cavala, badejo), nas sementes e nas oleaginosas”, pontua Juliana Gropp.

Fibras solúveis

“Quando as bactérias intestinais fermentam as fibras solúveis provenientes da alimentação, elas produzem ácidos graxos de cadeia curta que possuem ação anti-inflamatória. Encontramos fibras solúveis em cereais integrais, nas frutas, nos vegetais (como o brócolis), nas leguminosas e nas oleaginosas”, indica a nutricionista.

13 dicas para incluir os alimentos na dieta

A nutricionista lembra que a diversidade alimentar é uma das principais recomendações para conseguir e manter uma boa saúde e dá, abaixo, algumas orientações simples para deixar a alimentação ainda mais saudável.

“O câncer de mama é o tipo de neoplasia mais prevalente entre as mulheres no mundo inteiro e sua prevalência vem crescendo nos últimos anos. Esse aumento acompanha a maior incidência de outras enfermidades, como: obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, pois elas possuem em comum alterações metabólicas que favorecem seu desenvolvimento, em especial a resistência à insulina e aumento na inflamação crônica de baixo grau. Portanto, manter uma alimentação rica em compostos anti-inflamatórios, como polifenóis, fibras solúveis e ômega 3, pode melhorar a inflamação de baixo grau”, afirma a nutricionista especializada em terapia nutricional e em fitoterapia Juliana Gropp.

Outra recomendação importante é controlar o consumo de carboidratos refinados (farinhas brancas e açúcar) e gorduras (principalmente saturadas e trans), para evitar o aumento do peso e dos níveis de insulina.

“A hiperinsulinemia (níveis altos de insulina no sangue) estimula o desenvolvimento de câncer de mama. A manutenção do peso é fundamental, uma vez que o excesso de gordura corporal causa resistência à insulina. E quando isso acontece, o pâncreas passa a produzir quantidades mais altas, o que leva à hiperinsulinemia. Além disso, o tecido adiposo faz a conversão de hormônios andrógenos em estrógeno. Por ser uma enfermidade estrógeno-dependente, quanto maior a disponibilidade deste hormônio, maior o risco do câncer de mama se desenvolver”, esclareceu Juliana Gropp.

Outros hábitos

“Todos esses fatores juntos colaboram para um estilo de vida saudável e com menos chances de desenvolver o câncer de mama”, complementa a nutricionista.

Fonte:
Juliana Gropp (@nutricionistajulianagropp) é nutricionista especializada em terapia nutricional e em fitoterapia, que atende na Clínica Alira (@aliraclinica).

Fonte: EuAtleta

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