Operação contra desvio de verbas da saúde cumpriu mandados em cinco cidades da região

A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual realizaram na terça-feira (29) a operação Raio X, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso especializado em desviar dinheiro destinado à saúde, mediante celebração de contratos de gestão entre municípios e Organizações Sociais.

A megaoperação, que mobilizou mais de 800 policiais e 30 promotores, cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco cidades da Região de Campinas: Paulínia, Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia – cidades da área de abrangência do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 2 (Deinter 2).

Policiais durante a Operação Raio-x, deflagrada na terça-feira, 29 (Foto: Reprodução/ TV Cultura)

Em Campinas, um advogado foi preso. Em Jundiaí foi apreendida uma aeronave. O MP informou que, no total, foram expedidos 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, sendo 180 no Estado de São Paulo e 57 em outras unidades da Federação, além do sequestro de bens e valores.

De acordo com a polícia, a investigação, que conta com inquéritos policiais e civis instaurados, teve duração de aproximadamente dois anos, período em que foi “desvendado um gigantesco e sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e o desvio de milhões de reais em prejuízo da saúde”.

Ao todo, foram quatro mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, sendo 180 no estado de São Paulo e 57 nos demais estados, além do sequestro de bens e valores.

De acordo com a investigação, o esquema envolve uma Organização Social (OS) que administra hospitais e clínicas em várias cidades do país.

Os donos são suspeitos de pagar propina a agentes públicos para conseguir os contratos que, em geral, são superfaturados.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Para o cumprimento dos mandados foram empregados 816 policiais civis, 204 viaturas e dois helicópteros, além de 30 promotores de Justiça e 10 agentes de Promotoria.

Colaboraram com a operação policiais civis de outros Estados e a Polícia Federal do Pará, para cumprimento do maior número de prisões temporárias e mandados de busca e apreensão fora de São Paulo.