Com professores especializados, Educação SP amplia a oferta de ensino colaborativo

Proposta pretende uma ação entre os professores especializados e regentes de sala de aula.

Com objetivo de desenvolver potencialidades individuais e promover um ambiente escolar inclusivo, a Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) reorganiza e amplia o ensino colaborativo dentro do âmbito da Educação Especial no ensino regular. Professores especializados, aptos para promover metodologias inclusivas para o aprendizado de estudantes com deficiências, TEA (Transtorno do Espectro Autista) ou altas habilidades e superdotação, estarão presentes na rotina escolar, com atuações no turno, juntos aos professores regentes, responsáveis pelo aprendizado em sala de aula.

(Imagem Ilustrativa: Devanath por Pixabay)

O processo de ensino colaborativo é um dos pontos de destaque na Política de Educação Especial, que estabelece novas diretrizes e bases na organização educacional da rede estadual para assegurar a educação inclusiva de qualidade, a promoção de oportunidades de aprendizagem para todos, e a universalização do acesso à educação básica. A proposta, além de fortalecer a ação entre docentes, que atuam para tornar o conteúdo proposto pelo Currículo em Ação acessível, ratifica a apropriação e o compartilhamento do espaço da sala de aula por todos os estudantes. Atualmente, 66,5 mil estudantes matriculados na rede estão elegíveis aos serviços da Educação Especial.

Na resolução anterior, os professores especializados tinham dez aulas por semana. Destas, oito eram no AEE (Atendimento de Educação Especial) – em Sala de Recurso ou na modalidade itinerante – e duas em observação em sala de aula regular. Agora, os professores especializados têm dez aulas para cada turma: oito para fins de atendimento dos alunos na Sala de Recursos e duas para atuação em ensino colaborativo, junto aos professores das aulas regulares. Ainda existe a possibilidade das escolas ofertarem mais duas aulas adicionais de ensino colaborativo. Ou seja, também no turno regular.

Na modalidade itinerante, quando o professor especializado atende o aluno na escola que não possui a sala de recurso, este profissional cumprirá dez aulas para cada turma, sendo seis para fins do AEE e quatro para atuação em ensino colaborativo.

A importância da presença de todos os alunos nas classes do ensino regular é destacada por Nadine Camargo, diretora responsável pela Educação Especial na Seduc-SP. “Isso também permite o desenvolvimento do mesmo currículo com equidade. Essa clareza é essencial para que seja afastado o entendimento de que a Educação Especial se desenvolve em paralelo à educação comum. É uma acessibilidade necessária em respeito às singularidades”, conta.

De acordo com a Seduc-SP, existem diversas formas pelas quais o ensino colaborativo pode se desenvolver, conforme contextos escolares relacionados a professores e estudantes. Neste processo, são considerados quatro eixos: articulação entre os professores – regentes e da Educação Especial; identificação, aperfeiçoamento e acompanhamento dos apoios e serviços para a inclusão; manutenção dos estudantes, com e sem deficiência, no mesmo espaço físico, com o mesmo Currículo e garantia de acessibilidade; e formação continuada dos docentes para as práticas de Ensino Colaborativo.

Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo