Atividade física regular reduz risco de morte precoce em cerca de 34%

Crianças e adultos devem estabelecer uma meta de acumular pelo menos 30 minutos de exercícios de intensidade moderada por dia. Cardiologista explica.

Para começar o ano, vamos abordar um tema que suscita muitas dúvidas: o tempo das atividades físicas. Desde os anos 90, governos de países desenvolvidos estimulam suas populações a abandonarem o sedentarismo das mais variadas formas, baseados em sugestões da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que até a simples caminhada diária, mesmo a lenta de um idoso, traz benefícios inestimáveis para a saúde geral e cardiovascular.

(Imagem Ilustrativa de Dimitris Vetsikas por Pixabay)

Em julho de 1996, a revista médica JAMA divulgou uma resolução do ministério da saúde dos Estados Unidos, o National Institutes of Health (NIH), recomendando que crianças e adultos devem estabelecer uma meta de acumular pelo menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada por dia. Poderiam ser caminhadas levemente aceleradas, de preferência todos os dias da semana ou pelo menos na maioria dos dias. Uma novidade foi considerar a subida a pé de escadas, no total de três andares de uma vez e ao dia. Essas atitudes de vida ativa foram suficientes para diminuir em mais de um terço o risco de um “ataque cardíaco”.

Todos devem participar de atividades físicas ou esportivas regulares em um nível apropriado às suas capacidades, necessidades e interesses. Sabemos, pelos dados do IBGE, que a maioria dos brasileiros pratica pouca ou nenhuma atividade física no seu dia a dia, e as evidências científicas acumuladas indicam que esse hábito de vida sedentário é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.

No entanto, níveis moderados de atividade física conferem benefícios significativos à saúde. E mesmo aqueles que atualmente já atendem a esses padrões diários podem obter benefícios adicionais de saúde e condicionamento físico ao tornar-se ainda mais ativos fisicamente ou incluindo atividades mais vigorosas. Para aqueles com doença cardiovascular conhecida, programas de reabilitação cardíaca que combinem atividade física com redução dos outros fatores de risco devem ser mais amplamente utilizados.

Algumas pesquisas chegam a sugerir que para cada hora sentado, se façam alguns minutos de caminhadas ou outras movimentações físicas. Daí muitas dicas são disseminadas, e concordamos com algumas possíveis de se fazer como:

  • Evitar o elevador se for subir três andares, optando por usar escadas;
  • Nos estacionamentos sem manobristas, parar a certa distância dos elevadores para caminhar um pouco.
  • Em casa, procurar sempre caminhar para fazer suas tarefas e comodidades, não peça nada para outras pessoas.

A prática esportiva deve ser feita com conhecimento do esporte escolhido para que não ocorram deslizes ou erros passíveis de causar contusões. Esse bom senso evita abusos e disputas desnecessárias.

Em resumo, há uma relação clara de dose-resposta entre atividade física e mortalidade precoce por todas as causas. Indivíduos fisicamente ativos apresentam uma redução de risco aproximada de 34% em comparação com indivíduos fisicamente inativos. Quando medidas objetivas por tempo indeterminado e sem interrupções longas de treinamento aeróbico são tomadas, as reduções de risco cardiovascular e geral são ainda maiores, aproximando-se de 45%.

Fonte: EuAtleta