Após relatório, agência vai vistoriar três barragens da região até maio

Relatório sinaliza urgência na fiscalização das barragens nas represas de Vargem, Atibaia e Piracaia. Última vistoria nesses locais ocorreu em junho de 2017.

As barragens nas represas de Vargem, Atibaia e Piracaia vão passar por vistoria até maio após um relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) apontar urgência na fiscalização. As três tem risco alto de dano potencial em caso de rompimento.

Essas três barragens integram o relatório que recomenda vistoria em 52 estruturas do país. Na região serão visitadas as barragens da represa Jaguari, em Vargem; da Cachoeira, em Piracaia e a represa PCH, em Atibaia.

Três barragens da região vão passar por vistoria da ANA (Imagem: Reprodução/TV Vanguarda)

A última vistoria nelas foi feita em junho de 2017. As represas do Jaguari e da Cachoeira tem risco baixo de rompimento. A represa PCH é classificada com nível médio. Porém, por serem classificadas com alto dano potencial, em caso de rompimento as consequências seriam perda de vidas, prejuízos sociais, econômicos e ambientais.

A represa de Atibaia é considerada de pequeno porte. Até o fim dos anos 90 ela funcionava como uma usina hidrelétrica, mas foi desativada. Como fica acima do nível do rio Atibaia, o reservatório serve apenas pra regular o curso do rio. A barragem é toda de concreto e quem monitora é a Defesa Civil.

“A área habitada mais próxima da represa da usina demoraria umas seis horas pra água chegar lá. Em um dia de chuva forte, com todas as comportas abertas a vazão de água é de 30 vezes mais do que em dia seco, por exemplo. Então se rompesse agora, não apresentaria risco e teríamos, no mínimo, seis horas para avisar o município”, explicou Lucas Cardoso, coordenador da Defesa Civil.

Os moradores que vivem próximo às barragens estão preocupados: “Dependendo do volume de água que venha a sair ali, de repente a gente pode ser atingido também, espero que nunca aconteça isso mas a gente tem medo”, disse o comerciante Roberto de Paula.

A gerente de um restaurante na beira da represa se preocupa com possíveis danos: “Seria uma tragédia ecológica não só pelos animais e pela flora, mas o local seria totalmente descaracterizado já que tudo aqui gira em torno da represa”, disse.

Segundo a Defesa Civil de Atibaia, a represa e a barragem são monitoradas diariamente e o que a ANA solicitar, será atendida.

As barragens de Vargem e Piracaia são de responsabilidade da Sabesp. Em nota, a companhia informou que cumpre as determinações e prazos da política nacional de segurança das barragens.

Fonte: G1.globo.com