Casal de ursos é solto em santuário de animais para adaptação a novo espaço

Agora chamados de Verrú e Mizar, ursos estavam no Ceará, e foram transferidos na sexta-feira (30) para Joanópolis (SP).

Os dois ursos-pardos transferidos do Ceará para um santuário de animais em Joanópolis (SP) estão em fase de adaptação no novo lar. Os ursos foram soltos das caixas em que foram transportados neste sábado (31), um dia após a chegada ao espaço na Serra da Mantiqueira.

A soltura dos ursos, agora chamados de Verrú e Mizar, aconteceu por volta das 10h30 deste sábado (31) e durou cerca de uma hora.

Rancho dos Gnomos em Joanópolis (Foto: Biga Pessoa/ Rancho dos Gnomos)

De acordo com a veterinária da equipe do santuário de animais, Carla Spechoto, nas primeiras horas eles permaneceram nas caixas descansando, para que se habituassem com o novo ambiente até a soltura a ambientação com o novo local.

“O urso é um animal que tem um olfato muito apurado, e o reconhecimento deles é mais pelo olfato do que pela visão. Então são cheiros diferentes, eles vieram separados em voos diferentes, então é muita informação. Eles precisavam de um período de descanso [antes de serem soltos]”, explicou a veterinária.

A nova casa dos ursos conta com piscina, cascata, grutas, um deck, troncos, árvores frutíferas e som ambiente.

O santuário para onde Verrú e Mizar estão é o mesmo local onde a ursa Rowena, foi levada há quase um ano.

Ela, que morreu em julho por causa de complicações de um tumor, ficou conhecida como a ‘ursa mais triste do mundo’ durante a campanha de transferência por ser de uma espécie nativa de regiões com clima ameno e ter vivido no calor de mais de 40 graus no Piauí.

Chegada

A transferência dos ursos ocorre após decisão da Justiça, que levou em consideração a alta temperatura de Canindé, no Ceará, onde eles viviam há 11 e oito anos, respectivamente.

Após desembarque no aeroporto, a viagem até Joanópolis durou cerca de 4 horas. Os dois ficaram nas caixas em que foram transportados, descansando, até se habituarem ao novo ambiente.

As caixas em que eles estavam haviam sido colocados debaixo de árvores no santuário. Policiais militares, representantes do santuário Rancho dos Gnomos, funcionários do zoológico de onde vieram, representantes da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) entidades atuaram na transferência.

Fonte: G1.globo.com