Menina que tentou matar os pais com veneno no café queria morar com amiga, diz delegado

Estudante de 12 anos disse à polícia que não gosta dos pais e tem ciúmes da irmã mais nova. Caso é investigado pela Polícia Civil de Jarinu (SP).

A estudante de 12 anos apreendida por tentar matar a família com veneno de rato no café, no fim de semana, confessou o crime à Polícia Civil de Jarinu (SP) depois de apresentar três versões diferentes. A jovem foi levada à Fundação Casa e o caso segue sob investigação em sigilo.

Segundo o delegado Victor Oliveira Paulo, a história chegou à delegacia pelo pai da menina, um mecânico de 43 anos. Ele contou que foi tomar café em casa quando sentiu um gosto amargo. Ele avisou a esposa, que também bebeu o café e, ao despejar o líquido na pia, notou a substância pastosa no fundo da garrafa.

O pai procurou a delegacia acreditando que uma pessoa teria entrado no imóvel e colocado o veneno na garrafa. No entanto, a mãe lembrou que a filha tinha adoçado a bebida e a questionou. Pressionada, a estudante confessou que havia misturado veneno para matar os pais.

“Conversamos por cerca de três horas aqui na delegacia. Só na última versão assumiu que a intenção era matar os pais e a irmã mais nova porque não gostava da família, tinha ciúme da irmã, e iria supostamente morar com uma amiga da escola”, explica o delegado.

A estudante também afirmou que o veneno de rato foi conseguido por uma amiga da escola. A outra menina foi chamada para prestar esclarecimentos e disse que deu o veneno à colega, mas que não sabia que a intenção seria usá-lo para tentar matar os pais.

Os investigadores foram até o endereço e recolheram a garrafa e as xícaras. A embalagem do veneno foi localizada dentro do lixo. A família da menina que teria dado a substância à amiga não foi localizada pela reportagem.

A adolescente relatou que também entregou suco com veneno para a irmã de 3 anos, mas se arrependeu e jogou a bebida fora antes de ser ingerida.

O pai e a mãe foram levados ao hospital da cidade e passam bem. A adolescente foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa.

O Conselho Tutelar informou que foi procurado pelos pais aproximadamente 15 dias antes do ocorrido relatando o comportamento excessivamente tímido da menina. Naquela ocasião, as conselheiras conversaram com a adolescente e ela chegou a ser encaminhada a um psicólogo para tentar identificar um suposto problema com a jovem.

Fonte: G1.globo.com