Mulher espera há um mês identificação de corpos achados carbonizados em Jarinu

'Quero uma resposta', diz mulher que espera há um mês confirmar se corpos achados carbonizados são de filha, neto e genro.

A moradora de Jarinu (SP) Leda Maria Pereira ainda espera a confirmação de que os corpos achados carbonizados dentro de um carro no dia 18 de março, na zona rural da cidade, são da sua filha, neto e genro.

O carro foi encontrado em uma área de mata perto da Rua Santa Clara, no Jardim Caioçara. Como as vítimas ficaram completamente carbonizadas, não foi possível fazer a identificação. Com isso, os corpos foram para o setor de antropologia do Instituo Médico Legal (IML) em São Paulo, onde seguem sem identificação.

Ao G1, Leda afirma estar vivendo dias de “angústia sem fim”. “Tem horas que não sabemos se queremos uma identificação ou não. Porque ficamos entre o temor deles estarem mortos ou a tristeza de estarem desaparecidos, embora tudo indique que se trate da minha filha, do marido dela e meu neto”, diz.

As vítimas seriam Murilo Soprani, 25 anos, Walquíria Raquel de Souza, de 22, e seu filho, Heitor John da Costa, de 1 ano e nove meses. O carro queimado foi identificado como sendo de Murilo e os três permanecem desaparecidos desde então.

Leda conta que trabalha durante a noite e conta que há um mês mal consegue dormir durante o dia. “Se forem eles, queria poder ao menos enterrá-los, mas não fazemos ideia de quando saberemos a identidade. A polícia segue investigando, mas também não nos passou nenhuma novidade”, conta Leda.

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) continua investigando o caso. Até sexta-feira, ninguém havia sido preso por envolvimento com o crime.

Sem prazo para conclusão

A auxiliar de cozinha conta que familiares já tiveram amostras de sangue colhidas para que elas sejam confrontadas com a dos corpos carbonizados.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os três corpos seguem no setor de identificação, sem previsão de conclusão dos trabalhos, uma vez que a confirmação nos casos de corpos queimados é extremamente complexa e requer análise de material genético.

O prazo legal para identificação é de até 180 dias, podendo ser prorrogado, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

Fonte: G1.globo.com (Leia a matéria completa)