Novembro Azul é o mês de combate ao câncer de próstata

A doença consiste no segundo tipo de câncer que mais acomete a população masculina no Brasil; fazer o diagnóstico precoce é fundamental.

O mês de novembro é marcado pelas ações do Novembro Azul, movimento mundial em prol da prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Ainda segundo o Inca, 66 mil novos casos deverão surgir no triênio 2020-2022. Por esse motivo, o exame preventivo é fundamental para o diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura do paciente.

(Imagem Ilustrativa de marijana1 por Pixabay)

No entanto, muitos homens ainda deixam de fazer o exame de toque retal e se expõem aos riscos da doença por puro preconceito. É justamente para combater esse tabu que foi criado o Novembro Azul, uma forma de ampliar o debate que antes ficava mais concentrado no dia 17 de novembro, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate do Câncer de Próstata.

Mas o que é a próstata?

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

Em homens jovens, a próstata tem o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho cresce com o avançar da idade. Em alguns casos, no entanto, pode ocorrer um crescimento descontrolado.

Como consequência, o crescimento da próstata aperta a uretra, canal por onde passa a urina. Com isso, a pressão dificulta o esvaziamento da bexiga, trazendo sintomas que prejudicam a qualidade de vida dos homens.

“Os principais sintomas são o aumento da vontade de urinar, acordando no meio da noite, com um jato urinário mais fraco e fino, exigindo que faça mais força para começar a urinar”, explica o urologista Joaquim Claro, do Centro de Referência em Saúde do Homem.

Entretanto, isso não é regra. A doença pode ser sutil, como é o caso de Sebastião Barnabe, que só sentiu dificuldades para urinar após iniciar o tratamento. “Você pensa que está normal, mas depois que faz o tratamento, recebe o auxílio médico e os tratamentos, é possível perceber a diferença”, conta ele.

Mais de 50% dos homens que chegam para tratar o câncer de próstata já estão em estágio avançado, pois não fizeram a prevenção. “O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite tratamentos menos agressivos e com altos índices de sucesso. Por isso, a indicação dos especialistas é que, a partir dos 50 anos, a realização de exames de rotina vire um compromisso para toda a população masculina”, destaca o urologista William Nahas.

Fazer o exame de toque é essencial. Para Claudio Murta, o problema do preconceito só atrapalha a prevenção de uma doença que é grave. “Os cuidados com a saúde devem começar desde cedo, com acompanhamento na infância, adolescência e vida adulta. Mais do que desmistificar o preconceito do exame do toque retal, é importante que o homem mantenha hábitos saudáveis para tratar a doença de forma menos agressiva, com mais chances de cura”, ressalta o urologista.

Fatores de risco

No Brasil, a cada dez homens diagnosticados, nove têm mais de 55 anos. É importante tornar frequente a prevenção com exames a partir dos 45 anos. Outros fatores de risco são o histórico de câncer na família, sobrepeso e obesidade e o hábito de fumar.

Prevenção

Além de realizar exames de tempos em tempos, outros hábitos podem diminuir os riscos do câncer de próstata e de muitas outras doenças:

  • Manter uma alimentação saudável;
  • Praticar atividade física.;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Não fumar;
  • Evitar bebidas alcóolicas.

Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo