Foragido por assassinato de jovem de Guarulhos é preso em Atibaia

O homem foi condenado por ter participado do sequestro, estupro e homicídio de Vanessa de Freitas, em 2006, quando a jovem, ex-namorada do primo, voltava da igreja.

Um homem foragido, condenado por homicídio e estupro, foi preso na noite de terça-feira (19) em Atibaia. Ele foi condenado em 2017 a 22 anos de prisão por envolvimento no assassinato de uma jovem de Guarulhos (SP) em 2006.

A prisão foi feita pela Guarda Municipal. Segundo a Polícia Civil, câmeras do Centro de Operações Integradas (COI) identificaram a circulação do carro em nome do suspeito na cidade. Uma equipe em patrulhamento fez a abordagem ao motorista do veículo no Centro.

Willian César de Brito Silva foi detido e levado para a delegacia. Ele estava livre porque, na época do júri, apesar da condenação, foi autorizado a recorrer em liberdade. O mandado de prisão foi expedido depois e ele não foi mais encontrado.

O homem preso é primo do ex-namorado da vítima, que segundo a acusação, encomendou a morte da jovem e pediu que ela fosse maltratada antes de morrer.

Crime

Segundo o Ministério Público, Vanessa Batista de Freitas foi morta por asfixia e violentada com objetos – a abordagem foi quando ela voltava de um culto na igreja. A jovem foi considerada desaparecida no dia 17 de agosto de 2006 e o corpo foi encontrado dois dias depois, em um terreno baldio próximo à casa onde morava.

Em 2006, Willian e outros dois homens chegaram a ser presos por dois anos pelo crime contra Vanessa Batista de Freitas, que tinha 22 anos.

O trio foi solto depois que um homem conhecido como ‘Maníaco de Guarulhos’ assumiu a autoria do crime. Depois ele se retratou e recuou da versão, alegando que foi pressionado pela polícia a fazer a confessar.

Com a retratação, os três acusados foram a júri e condenados. Dois deles foram condenados em 2008 por dois crimes e receberam penas de 24 anos de reclusão. Já Willian Cesar foi condenado somente pelo delito de atentado violento ao pudor, tendo sido absolvido pelo homicídio. Como a decisão dos jurados ficou contraditória, houve recurso do Ministério Público e o TJ acabou anulando a sentença de Willian, que foi condenado por um só ilícito.

No novo julgamento de Willian, a promotoria demonstrou ao júri ter havido irregularidades e direcionamentos na condução das investigações do caso. Com isso, ele acabou condenado também pelo homicídio e estupro. A nova sentença é de 2017.

Fonte: G1.globo.com