Justiça mantém condenação de homem preso por matar travesti em Atibaia

Homem mantinha relacionamento com travesti e a matou depois de ameaça de expor a relação nas redes sociais. Após a morte, homem levou tablet e celular da vítima para garantir que imagens não seriam expostas. Homem foi condenado a dez anos de prisão e tentava diminuir pena.

A Justiça manteve a condenação de um homem a dez anos de prisão pela morte de uma travesti em Atibaia. Ela havia sido morta pelo homem porque, segundo a polícia, ele queria esconder o relacionamento. O homem está preso desde 2014 e tentava reverter a decisão do júri, mas o pedido foi negado.

O crime aconteceu em agosto de 2013, quando a travesti de 34 anos foi morta com cerca de 30 golpes de faca. De acordo com as investigações, o homem teria tido um relacionamento com a travesti por cerca de cinco meses e, após uma traição, ela teria dito que compartilharia fotos dos dois juntos nas redes sociais.

(Imagem Ilustrativa de Arek Socha por Pixabay)

Para manter o relacionamento em segredo o homem foi à casa da vítima e, durante uma briga, deu diversos golpes de faca, a maior parte no pescoço. Após o crime, ele fugiu levando o celular e o tablet da vítima, na tentativa de ocultar provas do relacionamento.

A vítima foi encontrada cerca de uma semana depois depois que os vizinhos perceberam o mau cheiro da casa. O homem foi preso cerca de um mês após o crime e confessou ter cometido o homicídio.

Ele havia sido condenado a dez anos de prisão em 2019, mas recorreu da decisão pedindo que a pena fosse reformulada. A justiça, no entanto, negou o pedido e manteve a condenação.

“O número exacerbado de facadas se traduz no sofrimento maior da vítima, considerando a dor, a angústia, o desespero. Ademais, o réu mantinha relacionamento íntimo com a vítima, aproveitando-se da confiança que esta tinha nele para conseguir ingressar na residência para praticar o homicídio. O apelante, em seu interrogatório, foi específico ao referir que aguardou a morte da vítima para retirar a chave da residência de seu bolso, demonstrando extrema frieza”, disse o juiz em sua decisão, publicada no dia 13 de novembro. O autor segue preso.

Fonte: G1.globo.com