Veterinário dá dicas de como adaptar o ambiente para a chegada do pet

De acordo com o especialista, nem todo animal pode ser recebido em qualquer local, pois cada pet possui as suas particularidades.

Acolher um pet em casa é sinônimo de companheirismo e alegria para muitas famílias, mas, para que o animal seja bem recebido, é preciso que o ambiente seja adaptado e tenha condições favoráveis no dia a dia.

Nem todo animal pode ser recebido em qualquer local, segundo explica o médico veterinário Adelmo Guilhoto Miguel, de Sorocaba (SP).

“O ambiente deve ser minuciosamente pensado e adaptado para a chegada do novo membro da família. Deve-se ter atenção a objetos que possam ser roídos e ingeridos, fios de luz que possam causar choques elétricos e isolar locais de acesso perigosos, como piscinas e escadas”, comenta.

De acordo com o especialista, nem todo animal pode ser recebido em qualquer local, pois cada pet possui as suas particularidades. (Imagem Ilustrativa)

Ainda de acordo com o especialista, cada pet possui as suas particularidades. O gato, por exemplo, precisa principalmente ter o acesso à rua restringido através de telas de proteção.

“Já com os cães, além da restrição a espaços perigosos, deve-se cuidar para que não tenham acesso a plantas tóxicas e pequenos objetos que apresentem riscos de ingestão, como espumas de caminhas e brinquedos, ou tecidos como meias e borrachas de chinelos”, conta.

Os casos mais delicados são os das aves, já que, além de todas as exigências citadas para cães e gatos, elas ainda devem permanecer em um ambiente bem ventilado e longe da cozinha e da lavanderia, por exemplo, pois são muito sensíveis a cheiros de produtos de limpeza e fumaças produzidas pelo preparo dos alimentos.

Chegando em casa

De acordo com médico, os pets se orientam bastante pelo olfato e deixar algo para que ele possa gravar a sua identidade e cheiro pode ajudar.

“Levar ao novo local do pet algum cobertor ou qualquer outro objeto que possua odor próprio ou dele mesmo faz com que ele se sinta mais seguro e amparado no novo ambiente. No caso dos gatos, existem produtos comerciais disponíveis em pet shops, como difusores que emitem odores agradáveis aos felinos e ajudam muito na adaptação”, recomenda.

As temperaturas adequadas também não podem ser esquecidas. De acordo com Adelmo, as extremas devem ser evitadas.

“Cães e gatos se habituam com casinhas e caminhas no frio. Alguns aceitam roupinhas e cobertores. No calor, deve-se evitar o passeio nas horas mais quentes do dia e borrifar as aves com água na temperatura ambiente. Cães e gatos aceitam com facilidade frutas, ração úmida e legumes congelados, que ajudam a amenizar as altas temperaturas.”

Sinais de má adaptação

Além de urinar em locais inusitados, aves e cães apresentam graves distúrbios de ansiedade quando não se adaptam ao novo ambiente, conforme explica o veterinário.

“O sinal mais comum são os transtornos obsessivos compulsivos, conhecidos como TOC. Os cães arrancam os pelos e se lambem compulsivamente. As aves arrancam as penas e se mutilam. Os gatos desenvolvem infecções urinárias crônicas e recorrentes conhecidas como cistite idiopática por estresse”, exemplifica.

Para desviar a atenção do animal, deve-se repensar no ambiente e investir no conceito de enriquecimento ambiental.

“Criar atividades, brincadeiras e distrações que diminuem o período de ociosidade e a ansiedade do pet. Isso inclui o uso de brinquedos, passeios, espelhos, casinhas, ninhos, cordas e balanços”, completa o especialista.

Fonte: G1.globo.com