Procon faz operação contra aumento abusivo no preço de combustíveis em postos de SP

Segundo presidente do órgão, postos ainda estão com combustível comprado pelo preço anterior e não foram afetados pelo aumento aplicado pela Petrobras a partir desta sexta (11).

O Procon de São Paulo realiza nesta sexta-feira (11) uma operação em postos para verificar se há aumento abusivo nos preços dos combustíveis.

Segundo Fernando Capez, presidente do órgão, os estabelecimentos ainda não foram afetados pelo aumento aplicado pela Petrobras.

“Esse aumento ainda não prejudicou os fornecedores, no caso, os postos de gasolina, porque eles estão com o combustível antigo, que compram pelo preço anterior. Não há, portanto, razão, para repassar aos consumidores. Nesse caso poderá ser configurado aumento desproporcional do preço em prejuízo ao consumidor”, afirma Fernando Capez, presidente do Procon.

(Imagem Ilustrativa: Rudy and Peter Skitterians por Pixabay)

Segundo Capez, são analisadas as notas fiscais dos estabelecimentos para ver qual a margem de lucro que está sendo praticada.

Ainda de acordo com o Procon, consumidores que se depararem com aumento de preços de combustíveis nos postos podem fazer denúncia e pedir providências aos órgãos públicos.

As denúncias podem ser feitas pelo site do Procon (clique aqui para acessar).

Nos postos da capital, nesta quinta-feira (10), foram vistas longas filas de carros aguardando abastecimento antes do novo aumento.

O repórter cinematográfico do g1 Marcelo Brandt flagrou um posto na Marginal Tietê, na Zona Leste da capital, já com preços reajustados, antes mesmo de o novo preço chegar às bombas.

O reajuste é um reflexo da guerra na Ucrânia que já chega ao bolso do consumidor brasileiro. A estatal justificou a alta com o aumento da cotação do barril de petróleo no mercado internacional provocado pelo conflito – nesta quinta, o valor do barril superou o patamar de US$ 115.

No começo da semana, quase tocou os US$ 140.

O Procon pede que consumidores denunciem caso vejam reajustes já nesta quinta. A prática é ilegal, abusiva e especulativa, já que o valor ainda não está sendo cobrado dos postos, diz o Procon.

“O Procon-SP vai combater especulação no preço dos combustíveis. Os consumidores que se depararem com a situação devem fazer sua denúncia no site do Procon-SP, anexando fotos dos preços da bomba”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

A fiscalização do Procon também está nas ruas verificando a situação, segundo Capez.

“As equipes irão averiguar se os estabelecimentos estão aumentando os preços antes mesmo de comprar o novo combustível da refinaria”, explica o diretor.

Fonte: G1.globo.com