Jogador de futebol acusado de matar ciclista atropelado vai à júri popular em Atibaia

Motorista confessou ter ingerido bebida alcóolica antes de dirigir e tentou fugir sem prestar socorro.

Começou nesta terça-feira (8) o julgamento do jogador de futebol acusado de matar um ciclista atropelado em Atibaia (SP). O caso foi em 2018, quando o motorista embriagado avançou no acostamento da Fernão Dias, matou o jovem atropelado e depois tentou fugir. Ele responde ao crime em liberdade.

Gabriel Seghimatz Oliveira jogava pelo Primavera, clube de Indaiatuba, à época do acidente. Ele é morador de Mairiporã e dirigia na Fernão Dias quando no trecho de Atibaia avançou no acostamento com o carro de luxo que dirigia e atingiu um ciclista.

A vítima, Anderson Fidelis, 20 anos, foi arremessada e morreu no local do acidente. Após a batida, Gabriel tentou fugir, mas foi perseguido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e preso. Após a prisão, ele confessou estar alcoolizado e foi preso. Apesar disso, recebeu a liberdade e respondeu ao processo fora da prisão.

Jovem foi morto por motorista bêbado na Fernão Dias (Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução/ G1)

Nesta terça-feira (8) o motorista foi a júri popular. O caso está em segredo de justiça e o julgamento começou às 9h no fórum em Atibaia.

A expectativa da família é que mesmo após três anos, ele seja preso. Os familiares mobilizaram um movimento em frente ao fórum com amigos da vítima para acompanhar o júri.

“Ele está andando na rua como se não tivesse matado meu filho. Ele está livre mesmo depois de tanta dor. Eu não vivo mais, nossa família não vive. Eu quero que seja feita justiça e que ele pague pelo que fez”, diz a mãe da vítima, Clarice Fidelis.

Anderson deixou a família, pai, mãe e uma irmã. Após a sua morte, a família soube ainda que ele tinha uma companheira e que estava grávida. A mãe da menina, de pouco mais de dois anos, pede à família do motorista indenização pela morte.

O g1 tentou contato com a defesa de Gabriel, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

O caso

O acidente aconteceu na noite do dia 26 de junho de 2018. Gabriel seguia com um carro de luxo em alta velocidade na rodovia Fernão Dias, invadiu o acostamento onde a vítima estava com outros dois amigos.

Anderson foi atingido e arremessado por vários metros, batendo a cabeça no chão. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Após a batida, Gabriel seguiu com o carro pela rodovia, sem prestar socorro e só foi parado depois de uma perseguição com a PRF. Após ser detido, ele disse ter tido uma discussão com uma mulher e que, por isso, havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.

No dia do crime, ele chegou a ser preso, mas foi solto pouco depois. Na decisão que o colocou em liberdade, o juiz concluiu que ele era primário e que o crime não tinha ocorrido sobre grave ameaça. Até o julgamento Gabriel segue em liberdade.

Fonte: G1.globo.com