Novembro Dandara celebrou a força e a riqueza da cultura afro-brasileira em Atibaia

Mais de 2 mil pessoas prestigiaram as dezenas de eventos culturais promovidos pela Prefeitura e pelo Coletivo Negra Visão no mês dedicado à Consciência Negra.

O Dia da Consciência Negra foi comemorado todos os dias de novembro em Atibaia. Batizada de “Novembro Dandara”, a programação organizada pela Secretaria da Cultura e pelo Coletivo Negra Visão envolveu cerca de 135 artistas na realização de mais de 30 eventos culturais e educacionais, que atraíram um público estimado de mais de 2 mil pessoas.

Entre os dias 1º e 30 de novembro, a força, riqueza e diversidade da cultura negra foram celebradas por toda a cidade, ocupando praças, escolas e equipamentos públicos com peças de teatro, rodas de capoeira, conversa e samba, filmes, contação de histórias, palestras, oficinas, música, dança e mais uma infinidade de atrações.

(Foto: Reprodução/Site Prefeitura de Atibaia)

Os cânticos e atabaques da Puxada de Rede, realizada pelo Coletivo Negra Visão e Mestre Estevinho, abriram a programação, que seguiu ao longo da semana com apresentação de teatro e contação de histórias no Complexo Santa Clara, documentário e roda de conversa sobre a negritude em Atibaia no Quilombo, sede do coletivo atibaiense Negra Visão, e oficina de Abayomi, as bonecas negras feitas de pano sem costura nem cola.

E isso foi só o começo: a valorização da identidade e cultura afro-brasileiras prosseguiu durante todo o mês dedicado à Consciência Negra, mobilizando as suas mais diversas expressões e manifestações de arte em uma celebração da negritude que trouxe a cada dia um evento diferente.

Nesse rico e belo painel, a dança merece destaque, por representar muito bem a diversidade apresentada pela programação: teve aula de samba rock, piseiro e reggaeton, dança guerreira e roda de capoeira, RebolAfro, hip hop e funk, indo muito além do tradicional e imprescindível samba, que também não deixou de comparecer e animar a festa.

Mas o Novembro Dandara trouxe ainda batalha de rap, shows, roda de conversa sobre a importância do aquilombamento, palestra sobre a escravidão em Atibaia, discutiu os desafios do resgate e preservação da memória negra na região, debateu o racismo e a identidade nacional, falou sobre como quebrar a senzala da mente, do corpo e da sociedade.

Sem contar a Feira Negra Dudu Ité, que ofereceu a multiplicidade criativa e cultural afro materializada em produtos e serviços do empreendedorismo negro, como a editora Kitembo, especializada em livros de literatura negra no campo da fantasia, horror, ficção científica, novelas e afrofuturismo.

Cabe ainda destacar a religiosidade, também presente nas festividades com o ato ecumênico “Águas de Oxalá”, realizado pela Associação de Umbanda e Candomblé da Região Bragantina (ASSUCAB) na igreja do Rosário, no Dia Nacional da Umbanda, e a realização do Cortejo Negro pelas ruas do Centro histórico no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, momentos marcantes e memoráveis desses 30 dias de festa, celebração da negritude e conscientização que mostraram a vitalidade e resistência da cultura negra em Atibaia, na maior movimentação preta já vista na cidade.

Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Atibaia