Aulas presenciais voltam a ser obrigatórias para 100% dos alunos em SP a partir de segunda-feira

Atualmente, presença é facultativa. Segundo gestão estadual, na próxima semana, só poderão ficar em casa os estudantes que apresentarem justificativa médica. Sindicado dos professores diz ser contra e afirma que escolas não têm condições de cumprir protocolos.

As aulas presenciais voltam a ser obrigatórias na rede pública e privada do estado de São Paulo a partir da próxima segunda-feira (18).

A partir da semana que vem, estudantes só poderão deixar de frequentar as escolas mediante apresentação de justificativa médica. Do contrário, será considerado falta.

Na rede pública, são cerca de 3,5 milhões de alunos distribuídos em mais de 5,4 mil escolas em todo o estado.

Uso de máscara permanece obrigatório para todos. (Imagem Ilustrativa: Alexandra_Koch por Pixabay)

Segundo a secretaria, o distanciamento entre as carteiras será inicialmente mantido, mas deixará de ser exigido a partir do dia 3 de novembro.

Questionado, o governo não esclareceu como a obrigatoriedade será aplicada nas escolas que não têm estrutura física para operar com 100% da capacidade diariamente mantendo o distanciamento entre os estudantes.

Em agosto, a gestão estadual já tinha reduzido o distanciamento de 1,5 metro para 1 metro.

O uso de máscara por parte de estudantes e funcionários permanece obrigatório para todos, assim como a utilização de álcool em gel nas escolas e equipamentos de proteção individual por parte de professores e demais funcionários.

Mais detalhes sobre o retorno obrigatório serão divulgados pela gestão de João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa no início da tarde.

No início de agosto, o governo estadual liberou o retorno às aulas presenciais com 100% ocupação respeitando os protocolos sanitários, o que em algumas unidades exigiu revezamento de grupos.

Apesar da autorização, o envio do estudante para a sala de aula era facultativo aos pais. Na ocasião, as prefeituras também tinham autonomia para definir as datas e regras de abertura.

Sindicato é contrário

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) considerou a medida desnecessária, descabida e perigosa.

Na avalição da Apeopesp, as escolas não têm condições de cumprir os protocolos de segurança contra a Covid.

O sindicato ainda alega que em diversas instituições não há funcionários de limpeza para garantir a higienização das unidades.

Vacinação no estado de SP

Nesta segunda-feira (11), o estado de SP atingiu mais de 80% da população adulta com esquema vacinal completo.

Segundo dados do Vacinômetro atualizados até as 7h17 desta quarta (13), foram aplicadas 66,7 milhões de doses no estado, o que representa:

  • 99,37% da população adulta com uma dose
  • 80,27% da população adulta com esquema vacinal completo
  • 82,78% da população total com uma dose
  • 61,55% da população total com esquema vacinal completo

Histórico

Em setembro do ano passado, o estado retomou as aulas presenciais durante a pandemia, mas manteve um percentual limitador de 35% dos alunos matriculados por dia.

Durante a fase emergencial, em março deste ano, as instituições ficaram abertas apenas para acolhimento de crianças em situação de maior vulnerabilidade e oferta de merenda.

Em abril, as escolas foram liberadas para voltar a receber alunos, desde que mantendo a capacidade máxima de 35%.

Fonte: G1.globo.com