Cachorro também tem depressão? Saiba quando a tristeza do pet pode precisar de tratamento

Pets que comem menos, evitam brincadeiras e ficam agressivos podem estar enfrentando quadros depressivos, diz veterinária.

Idosa, a pequena Amora foi resgatada da rua há dois meses e passou por uma cirurgia de retirada de tumor. Mas, mesmo após o tratamento, a tristeza e apatia frequentes da cadelinha começaram a preocupar a família. O diagnóstico veio rápido: depressão.

“Ela era muito quietinha, ficava no cantinho, não brincava, andava. Só andava atrás de mim. Se eu saio de casa, ela fica gritando, chorando. A veterinária falou que isso faz parte da situação dela, da depressão. Tem dias que ela come muito, tem dias que não come”, conta a dona de casa Teresa Neves.

Com o olhar triste e sem vontade de brincar, a cadela passou a fazer tratamentos com remédios homeopáticos para tentar vencer o quadro depressivo. E ela não está sozinha: segundo a médica veterinária Nayane Pereira, a depressão em pets é mais comum do que se imagina.

(Imagem Ilustrativa de REGINE THOLEN por Unsplash)

“Tem estudos que 70% das causas dessas depressões estão correlacionadas com morte do tutor, morte do outro cachorrinho da casa ou outro gatinho, cachorrinho novo em casa, bebê novo em casa, familiar novo em casa, todos os tipos de mudança podem levar a um quadro de depressão”, explica.

Quando é necessário se preocupar? 😥 A médica veterinária destaca que animais deprimidos geralmente apresentam mudanças bruscas de comportamento, como:

  • Comem menos
  • Evitam brincadeiras
  • Evitam o toque
  • Se isolam
  • Ficam agressivos

Tem solução? Sim. Pereira destaca que, muitas vezes, é possível reverter quadros depressivos com brinquedos interativos, evitando que o animal fique muito tempo sozinho, tornando o ambiente mais agradável e fazendo passeios diários com o pet.

Caso os sintomas persistam, é hora de usar medicações menos invasivas e substâncias naturais, como a homeopatia. “Se isso não é resolvido dessa forma, a gente precisa entrar com os antidepressivos como o ser humano”.

“Também tem os casos que se tornam crônicos e precisa o animal ter esse acompanhamento, tanto medicamentoso como comportamental, para o resto da vida. Mas resolve e ele tem uma vida feliz, saudável e tranquila”, diz a veterinária.

Fonte: G1.globo.com