Platinosomose: “doença da lagartixa” preocupa tutores de gatos

Veterinário explica quais são os cuidados diários para prevenir a doença e garantir a saúde dos seus felinos em casa.

A Platinosomose, também conhecida como “doença da lagartixa”, tem causado preocupação entre tutores de gatos. Essa parasitose é adquirida pelos felinos devido ao seu comportamento natural de caçar pequenos animais e insetos. A doença é relatada em diversas regiões do mundo, e seu agente causador possui um ciclo biológico complexo, o que permite que infecte não apenas felinos, mas também outras espécies.

(Imagem Ilustrativa de Pacto Visual por Unsplash)

O Veterinário Gabriel Brosco, especialista na prevenção e tratamento da Platinosomose, traz informações essenciais sobre essa enfermidade e como os tutores podem prevenir que seus pets sejam infectados.

O que é a Platinosomose?

A “doença da lagartixa” é uma parasitose comum em felinos, resultante do hábito natural de caça. O parasita causador é o Platinosoma, que é transportado por répteis, como lagartixas e sapos, que não adoecem com a infecção, mas o carregam em seu organismo e o disseminam através de suas fezes.

“Essa doença é adquirida a partir do contato do gato com um animal que carrega o parasita, normalmente a lagartixa. O último ciclo de vida do parasita da Platinosomose é o gato, já que passa por diversos outros animais antes de chegar até o felino”, explica o veterinário.

Durante o processo, o parasita passa por caracóis da terra, isópodos terrestres e, posteriormente, infecta lagartixas ou sapos. Somente após essa sequência, ele está pronto para atingir o gato e se hospedar no corpo do felino.

Sintomas e diagnóstico

A Platinosomose pode manifestar sintomas como anorexia, apatia, perda de peso, icterícia (mucosas amareladas), anemia e vômitos. Por não serem específicos, Gabriel Bosco ressalta a importância de um diagnóstico realizado por um profissional.

“O diagnóstico desta patologia deve ser realizado através de exames de sangue, imagem e exame de fezes”, explica.

Tratamento e prevenção

A eficácia do tratamento depende do estado clínico geral do felino, do grau de comprometimento hepático e da quantidade de trematódeos parasitando o organismo. Por isso, é essencial consultar um médico veterinário de confiança para determinar o tratamento mais adequado.

Como medida preventiva, o veterinário recomenda que os tutores mantenham o ambiente do gato limpo e higienizado, evitando o contato com animais transmissores.

“Além disso, é fundamental não permitir que o pet saia para a rua e seguir o protocolo de vermifugação prescrito pelo médico-veterinário”, reitera.

Com o acesso a informações e orientações adequadas sobre a Platinosomose, é possível tomar medidas para proteger a saúde do seu companheiro felino. A prevenção desempenha um papel fundamental para assegurar uma vida saudável aos animais de estimação.

Fonte: G1.globo.com