Lote com mais 300 mil doses da vacina da Janssen chega a SP

Imunizantes são parte do contrato de 38 milhões de doses do Ministério da Saúde com a farmacêutica.

 

Um lote com mais 300 mil doses da vacina da Janssen compradas pelo Ministério da Saúde chegou nesta quinta-feira (24) ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

É a segunda remessa enviada ao Brasil nesta semana. Na terça, o país recebeu 1,5 milhão de doses.

(Foto: Divulgação/ Johnson & Johnson)

O imunizante da Janssen, do grupo Johnson & Johnson, é aplicado em dose única.

De acordo com o Ministério da Saúde, os dois lotes podem ser usado até agosto. A Janssen pode ser armazenada por pelo menos 3 meses, em temperaturas de 2°C a 8°C, equivalente a geladeiras normais.

Até a última semana, o Ministério da Saúde esperava receber um primeiro lote com 3 milhões de doses.

Doação EUA

Além das doses compradas pelo governo brasileiro, o país vai receber diretamente 3 milhões de doses de vacina da Janssen contra a Covid-19 doadas pelos EUA, fora do mecanismo Covax.

Elas serão enviadas nesta quinta (24) do aeroporto de Fort Lauderdale, na Flórida, e chegarão ao aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Total de 38 milhões de doses

O contrato do governo federal com a farmacêutica prevê a entrega de um total de 38 milhões de doses. Em março, quando o contrato foi anunciado, a previsão era a entrega de 16,9 milhões de doses até setembro, e as outras 21,1 milhões de doses até dezembro de 2021.

O contrato da Janssen prevê o valor de US$ 10 por dose, e um pagamento US$ 95 milhões na primeira parcela.

A imunização com a vacina da Janssen é feita com uma dose única, diferentemente de outras vacinas, o que permite uma imunização mais rápida. Este é o único imunizante em etapa avançada de testes que funciona com apenas uma dose.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da vacina da Janssen no Brasil em 31 de março de 2021.

Como é a vacina

Janssen é a vacina desenvolvida pela divisão farmacêutica do grupo Johnson&Johnson, que leva o mesmo nome. O imunizante apresentou eficácia de 66% para os casos moderados a graves, e de 85% para os casos graves.

A eficácia mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa é de 50%.

A Janssen pode ser armazenada por pelo menos 3 meses, em temperaturas de 2°C a 8°C, equivalente a geladeiras normais. Em temperaturas de -20°C ela fica estável por 2 anos.

O imunizante usa a tecnologia de vetor viral e funcionou contra a variante da África do Sul, a mais contagiosa.

A companhia diz ter o objetivo de fornecer 1 bilhão de doses da vacina em todo o mundo em 2021.

Prazo de validade ampliado

A chegada das doses da Janssen impacta nas estratégias de vacinação de todo o país. Isto porque os lotes têm prazo de validade até agosto.

A validade inicialmente considerada pelo governo federal era de até 27 de junho. No entanto, uma avaliação técnica da Anvisa identificou que os imunizantes podem ser utilizados até 8 de agosto, desde que armazenados em temperatura de 2° a 8°C.

A agência de regulação sanitária norte-americana (FDA) também já havia prorrogado a validade das doses da Janssen, de três meses para quatro meses e meio.

Como o imunizante é aplicado em dose única, uma aplicação da vacina da Janssen equivale a duas doses das demais vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil (Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca).

Primeira dose para todos até setembro

Segundo o ministro da Saúde, em julho chegarão mais 40 milhões de vacinas no país, e para agosto e setembro a expectativa é de 60 milhões em cada um desses meses.

Pelos cálculos de Marcelo Queiroga, portanto, a previsão é de mais 160 milhões de doses até setembro.

De acordo com ele, o quantitativo permite afirmar que toda a população vacinável – ou seja, acima de 18 anos – estará vacinada com a primeira dose até setembro deste ano.

Queiroga também já reafirmou que todos brasileiros adultos serão vacinados com as duas doses até dezembro.

Fonte: G1.globo.com