Resultados positivos em testes de Covid-19 voltam a subir no estado de SP em abril

Valor aumentou de 5% na última semana de março para 8% na segunda semana de abril. Apesar do crescimento, número de mortes pela doença continua em queda.

A taxa de resultados positivos nos testes de Covid-19 realizado pelas farmácias voltou a subir em abril no estado de São Paulo.

Segundo dados da Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria (Abrafarma), na última semana de março, 5% dos testes rápidos feitos nas farmácias deram positivo. Já na primeira semana de abril, o valor subiu para 7%. Na segunda semana de abril, a taxa saltou para 8%.

Auto teste do tipo antígeno, para detecção do Covid-19 (Imagem Ilustrativa: Frauke Riether por Pixabay)

Nos exames realizados em laboratórios, o índice também subiu. Foi de 9% entre o dia 17 e 23 de abril, para 13% nesta semana.

Para a infectologista do Hospital Sírio Libanês Mirian Dal Ben, esse aumento já era esperado.

“A gente fez uma série de medidas de relaxamento. A gente tirou o uso de máscaras, a gente vem aí de dois feriados prolongados nos quais as pessoas passearam mais, se encontraram mais. A gente sabe que a doença vai ficar circulando de forma endêmica, então vai ter o Covid circulando entre nós”, diz a especialista.

Apesar do aumento na positividade dos testes, outros indicadores da doença continuam caindo no estado. No começo do mês, a média móvel de casos estava acima de 6,6 mil por dia. Já nesta quarta-feira, a média móvel de casos era de 2,9 mil por dia no estado.

No mesmo período, a média móvel de mortes caiu de 55 por dia pra 20 por dia.

Segundo Mirian Dal Ben, a tendência é que as mortes pela doença continuem em queda — o que só foi possível graças à vacinação.

“A gente espera que as pessoas tenham uma boa adesão a essa dose de reforço, que é necessária, e dessa forma esse aumento de casos de positividade, que é esperado por causa das medidas de relaxamento, não tenham impacto muito grande na taxa de óbitos. Ou não tenham impacto nenhum, porque a população está protegida contra as formas graves da doença”, afirma a infectologista.

Na capital paulista, a quarta dose já foi aplicada em cerca de 54% por cento das pessoas com 60 anos ou mais. Além dos idosos, a quarta dose também está disponível pra quem tem algum problema no sistema de defesa do corpo — os chamados imunossuprimidos.

Fonte: G1.globo.com