Tomate é fruta? Semente do tomate faz mal? Veja mitos e verdades

O tomate, na verdade, é um fruto e não uma fruta. Nutricionista desvenda esses e outros mitos e verdades sobre o alimento.

Rico em vitamina A e C, e potássio, o tomate é um alimento rico em licopeno – antioxidante que dá coloração vermelha a ele – que protege o corpo contra os radicais livres, um grande causador do envelhecimento precoce da pele. Popular no preparo de muitas receitas, o tomate tem um dia dedicado a ele, comemorado em 1º de fevereiro, mas é um alimento cheio de mitos e verdades.

Com certeza você já se perguntou se tomate é fruta. E também já deve ter ouvido falar que a semente do tomate faz mal e causa pedras nos rins. Pensando nisso, o Receitas conversou com a nutricionista Luiza Sobroza, que explicou se essas afirmações são verdadeiras ou falsas. Veja, a seguir, 5 mitos e verdades do tomate.

(Imagem Ilustrativa de Josephine Baran por Unsplash)

1) Tomate é fruta?

Na verdade, o tomate é um fruto e não uma fruta. Por ser um alimento que se desenvolve a partir do ovário da planta, recebe o nome biológico de fruto. Enquanto fruta é um nome não-biológico e, sim, comercial. É usado para denominar “frutos comestíveis e de sabor adocicado”, fazendo com que o tomate não se enquadre por não ser doce. Por isso, biologicamente ele é considerado um fruto, mas popularmente a melhor definição seria hortaliça.

2) É verdade que a semente de tomate faz mal para o intestino e o estômago?

Não. Não existe nenhuma comprovação de que a semente do tomate, isoladamente, possua algum componente ou fator prejudicial para nosso corpo. Tanto a semente quanto a casca podem, no máximo, ser encarados como uma quantidade a mais de fibras que estamos ingerindo.

3) A semente do tomate causa pedra nos rins?

Não. Esse mito surgiu pelo fato de o tomate ter certa quantidade de oxalatos, um antinutriente presente em alimentos de origem vegetal, que além de prejudicar a absorção do cálcio no nosso organismo, é filtrado pelos rins quando ingerido. Em excesso, pode se ligar ao cálcio levando à formação do cálculo renal, conhecido como pedra nos rins. Acontece que a semente não tem mais oxalato que o restante do tomate.

Além disso, o tomate nem entra na lista dos alimentos mais ricos nesse antinutriente, como o espinafre, acelga, folhas de beterraba e o cacau, por exemplo. O tomate tem cerca de 60 miligramas de oxalato a cada 100 gramas (que normalmente é o peso de uma unidade). A quantidade considerada segura para o consumo de oxalato diário seria de 50 a 200 miligramas. O espinafre cru pode chegar a 900 miligramas a cada 100 gramas, mas, cozido, diminui bastante.

Por isso é totalmente seguro consumi-lo como um todo. Mas se mesmo assim você quiser diminuir a quantidade de oxalato dele ou algum dos outros alimentos citados, o cozimento reduz significativamente a concentração desse antinutriente.

4) É bom comer tomate todo dia?

O tomate é um alimento muito nutritivo, por isso não tem problema consumir todos os dias. Porém, quanto maior é a variedade de legumes e frutas que consumimos no dia a dia, maior vai ser a ingestão de diferentes vitaminas e minerais, garantindo ainda mais benefícios. Por isso, o ideal é variar o máximo possível a alimentação.

5) Açúcar pode tirar a acidez do tomate?

Quimicamente, não. Embora seja uma técnica muito utilizada, do ponto de vista gastronômico pode até funcionar. Mesmo que o doce do açúcar “mascare” o sabor ácido do tomate, do ponto de vista químico, ele não tem as propriedades necessárias para remover essa acidez.

Ao contrário do bicarbonato de sódio, por ser um ingrediente alcalino. Quando acrescentamos uma pitada ao molho de tomate, [o bicarbonato] é capaz de remover essa acidez.

O tomate está associado à prevenção do câncer, principalmente o de próstata, e também à prevenção de doenças cardiovasculares. Por isso, vale a pena inclui-lo no seu cardápio.

Fonte: Receitas