Como acordar com energia? O que influencia sua disposição?

Carboidratos sim, açúcar não! Nutricionista explica novo estudo sobre o papel da alimentação, da atividade física e do sono no estado de alerta pela manhã e ao longo do dia.

Que fatores influenciarão como você acordará amanhã de manhã, se você terá energia e manterá seu estado de alerta, sua disposição para executar suas atividades ao longo do dia? Por que nós oscilamos nosso estado de alerta de um dia para o outro?

(Imagem Ilustrativa: bruce mars por Unsplash)

Alguns fatores ligados ao estilo de vida são importantes para que um indivíduo acorde com energia e disposição para iniciar o dia. Entre eles:

  • A noite de sono anterior – Dormir mais horas e acordar mais tarde que o usual ajudam a manter a disposição;
  • O nível de atividade física – Fazer exercícios e se movimentar são recomendados, mas não muito perto da hora de dormir;
  • O que comeram no dia anterior – Carboidratos sim, açúcar não!

 falta de energia para em se manter alerta ao longo do dia pode afetar o humor, as relações interpessoais, a produtividade do trabalho, riscos em acidentes (dirigindo no trânsito, durante a execução de trabalhos que podem oferecer riscos de vida etc) e o desempenho esportivo.

Um novo estudo feito no Reino Unido e publicado em novembro incluiu 833 indivíduos entre 18 a 65 anos (entre gêmeos e adultos geneticamente não aparentados) durante as duas semanas (14 dias). Foi realizada uma visita clínica inicial seguida por um estudo domiciliar de duas semanas. Durante a fase em casa, os participantes consumiram várias refeições de café da manhã padronizadas, diferindo na composição de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras). Houve então monitoramento da glicemia e utilização de um relógio de pulso acelerômetro para determinar a atividade de sono/vigília durante a noite e atividade física durante o dia.

O monitor contínuo de glicose foi usado para medir a resposta de glicose após a alimentação. Os participantes também registraram sua ingestão alimentar, saciedade, humor e exercícios no aplicativo do estudo. O app também solicitou aos participantes que relatassem seus níveis de alerta escala analógica visual e intervalos regulares após o registro de uma refeição.

  • Dormir mais do que a duração normal do sono foi associado a maior estado de alerta na manhã seguinte.
  • Acordar mais tarde do que o próprio horário típico de despertar também foi associado a maior estado de alerta subsequente, mesmo ao controlar a duração do sono.
  • A quantidade de atividade física que ocorreu no dia anterior também previu o estado de alerta matinal no dia seguinte. O valor médio da aceleração das 10 horas mais ativas durante o dia anterior foi associado a maior estado de alerta.
  • Por outro lado, o nível de atividade durante a noite foi relacionado a pior estado de alerta matinal no dia seguinte. Portanto, níveis mais altos de atividade de movimento durante o dia (indicativo de atividade de movimento físico durante o dia), mas níveis mais baixos de atividade de movimento físico à noite, associados a um sono mais contínuo e menos interrompido, previu um estado de alerta matinal;
  • A refeição rica em carboidratos está associada a um nível mais alto de alerta matinal. A composição média da refeição no Reino Unido: 50% carboidratos, 40% gorduras e 10% proteínas;
  • A refeição rica em proteínas foi associada a menor estado de alerta em comparação com a refeição padrão do Reino Unido;
  • Além dos efeitos da refeição rica em carboidratos em si, um dos efeitos mais fortes revelados no estudo foi a redução acentuada no estado de alerta nos dias em que os participantes consumiram uma quantidade elevada de açúcar. Ou seja, a qualidade do carboidrato ingerido também importa.

Sono, prática regular de exercício físico, se manter mais ativo e a alimentação são, portanto, fatores determinantes para o desempenho de vida (saúde e esporte) e que podem ser modificáveis.

Fonte: EuAtleta