19º Cardápio Underground abre no próximo sábado com exposição e questiona “O que é urgente agora?”

A 19ª edição do Cardápio Underground tem início no próximo sábado, 12, às 15h, com abertura de exposição coletiva. Realizado pelo coletivo Edith Cultura, desde 2004, o festival reúne diversas linguagens artísticas e tem as artes plásticas e visuais como uma de suas vertentes características

Residência Edith Cultura (Foto: @MartinZenorini)

A programação começa com a vernissage da exposição, resultado das residências artísticas que aconteceram mensalmente, desde junho, sob a curadoria de Bia Raposo e Daniel Lima.

Com o tema “O que é urgente agora?”, artistas residentes ocuparam a casa sede do Edith Cultura e as paredes do entorno da Garaginha com trabalhos em linguagens variadas e que trazem o questionamento tema do festival.

Garaginha (Foto: @MartinZenorini)

Além da vernissage a programação do primeiro dia também conta com bate-papo com artistas,  residentes e curadores, marcado para às 16h. 

Conheça os artistas que compõem a exposição coletiva do 19º Cardápio Underground:

Alexandre Beraldo é designer, artista visual e músico. Nos últimos anos, tem se dedicado à produção visual autoral, estabelecendo uma relação com diversos suportes, como parede, tela, camisetas e papel, além de atuar na produção e execução de eventos sócio culturais que se comprometam com a utilização da arte como uma ferramenta de transformação social e pessoal.

Camila Kohn é artista em São Paulo. Trabalha pintura, colagem, escrita e instalação. Propõe sobreposições e interferências através da tinta, da palavra e do arranjo de objetos. Cobre superfícies de cor-de-rosa ao pensar a cor enquanto camada de tempo. Observa processos simbólicos de sedimentação regidos pelo conjunto de significados objeto-indivíduo-memória.

David Magila é formado em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. Apresentou a exposição individual “Intervenções XIII” no Museu Lasar Segall, com a curadoria de Giancarlo Hannud. Participou de residências artísticas como Kaysaá, e de diversos cursos de especialização como “Ready-made e Imagens Prontas como Alegorias Neobarrocas”, com o prof. Dr. Sérgio Romagnolo. 

Felipe Apezzatti é artista visual, pesquisador e arte educador. É formado em fotografia pela F.M.U e pós-graduado em Fotografia Práticas Artísticas e Culturais pela Fundação Armando Álvares Penteado. Tem sua produção artística voltada para as conexões entre cidade e cotidiano, operando entre o caminhar como prática artística e poética, e elabora as relações entre imaginário e arte pública. Atualmente trabalha e pesquisa como voluntário em uma horta comunitária onde elabora processos poéticos junto com a comunidade.

Karina Iliescu é fotógrafa documental e fotojornalista freelancer. Entre a capital São Paulo e a região bragantina, iniciou sua profissão aos 18 anos. Estudou Tecnologia em Fotografia no Senac Lapa Scipião enquanto estagiava na Livraria e Editora Madalena. Retornando ao interior em meio a pandemia, foi parceira dos Jornalistas Livres e desde então realiza reportagens denunciando diferentes violências. Publicou na Agência Pública, The Intercept Brasil, Estadão, Ponte Jornalismo, ECOA Uol, UOL News, Brasil de Fato, Jornalistas Livres, Mulheres Luz, Projeto Solos, Agência Sangria.

Micaela Bravu busca, desde a infância, pela expansão e compreensão de seus caminhos e métodos artísticos: gosta de transitar entre técnicas, materiais e estilos. Reconhece em seu trabalho a influência de outras mulheres artistas – as quais têm como principais referências por terem encontrado na arte uma forma de expressão autêntica de seus modos de vida. É também influenciada pelas mulheres em seu entorno com suas histórias, conselhos e expressões. Suas obras evocam o luto pela perda da intimidade, uma melancolia que surge com o massacre das sutilezas da vida. Sua arte é uma afirmação da importância da fragilidade, um olhar delicado que se opõe às durezas de nossas rotinas.

Marcelo Midi é um jovem negro, de São Miguel Paulista que cresceu junto a uma família adotiva na cidade de Santos.  Artista autodidata, produz trabalhos a partir da coleta de materiais descartados no lixo, caminhadas e experimentações no campo audiovisual, onde faz crítica a verticalização das cidades e a precarização da vida, além das relações entre as variáveis que a cidade traz nas situações cotidianas. 

Nazura é artista visual por formação e mestranda de história da PUC-SP; é ilustradora, pesquisadora e muralista. Residente da zona leste da cidade de São Paulo, tem o trabalho focado no pensamento decolonial e na perspectiva afrofuturista. Atualmente, é do time de criativos do projeto Converse All Stars, da marca Converse no Brasil, pelo qual realizou sua primeira empena no extremo leste de São Paulo, no Itaim Paulista.

Paulo Ito expôs no MuBE na segunda Bienal Internacional de Graffiti de São Paulo e participou da mostra São Paulo Mon Amour. Pintou um painel que se tornou o maior viral da copa do mundo da FIFA de 2014. Pintou empena em São Paulo para o projeto Salve o Tapajós do Greenpeace e expôs na Segunda Bienal Internacional de Arte de Rua de Moscou. Participou do Festival Memorie Urbane em Gaeta na Itália. Apresentou sua quarta exposição individual “Inconveniente”, na A7mA galeria. Ganhou o prêmio principal da Fundação Bunge na categoria arte de rua e realizou a exposição individual Infame na A7mA galeria. Pintou sua terceira empena no periférico bairro do Campo Limpo na zona sul de São Paulo celebrando os profissionais da saúde e no mesmo ano realizou painel em grandes dimensões na entrada do Instituto de Artes da Unicamp. 

Shel Almeida é jornalista, fotógrafa e agente cultural. É idealizadora e realizadora dos projetos fotográficos Caminhando pela Cidade, onde resgata memórias urbanas por meio de registros documental da arquitetura, e de seu desdobramento, Perspectivas Urbanas, exposição em outdoor.

Waldomiro Mugrelise utiliza do desenho como seu meio de pesquisa e investigação, no qual demonstra a busca em construir um fluxo de consciência em constante transformação. Repetições imperfeitas, padrões irregulares, formas que se assemelham a escritas primitivas constroem esse universo que o artista chama de pulso gráfico. Além da pesquisa em desenho, desenvolve suas investigações na área musical, ambiente em que já produziu quatro álbuns, que variam de música experimental.

Zine Linguiça Bragantina, criado pelos desenhistas Alessandro Barros e Charles Paixão é dedicado quase integralmente à publicação de histórias em quadrinhos.  A partir da segunda edição contou com mais um editor, Roger Bastos (in memoriam) e participações presenciais de desenhistas da cidade,   Participam do 19º Cardápio Underground os artistas Alessandro Barros, Merka, Marcelo Goulart e Renata Kugler.  

Shows gratuitos

O Cardápio Underground segue com programação musical nos dias 13, 14 e 15, com shows gratuitos. Não será necessária a retirada de ingressos e o estacionamento que fica em frente à Garaginha funcionará como área de convivência do público, entre um show e outro. 

No domingo, 13, acontece, a partir das 15h, a FESTA LGBTQIAP+, com apresentações de DJ Brazook, RUBI, MC Marie , DUPLA 02 e Monna Brutal. 

Na segunda, 14, a partir das 19h, é a vez da  noite Garaginha Electro com shows de Meta Golova, MAURR e Tigre Dente de Sabre. O festival se encerra com o 

Dia Rock  com apresentações de DJ Bruxamarela, Inês é Morta, Ava Rocha, Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo e As Mercenárias. 

O Edith Cultura fica na Rua Cel. João Leme, 229, no Centro, em Bragança Paulista.

Fonte: Shel Almeida – Assessoria de Imprensa