Segundo estudo, aumentar o ritmo de passadas na corrida reduz risco de lesão

Estudo constatou que há uma diminuição de 5% na incidência de lesões ósseas a cada acréscimo de um passo por minuto. Fisiologistas do exercício, Turibio Barros e Gerseli Angeli explicam.

A incidência de lesões ósseas por stress em corredores é algo muito comum, especialmente entre aqueles que estão iniciando a prática de corrida e que treinam por conta própria. Levando-se em consideração que a recuperação de uma lesão óssea por stress pode levar em média 13 semanas, prevenir seu aparecimento é fundamental para que se fique em dia com o calendário de corridas.

Apesar da progressão inadequada de carga e volume de treinamento ser o principal fator desencadeante de lesões, existe ainda outra variável, relacionada à técnica de corrida, que também deve ser observada com bastante atenção: a frequência da passada.

(Imagem Ilustrativa: kinkate from Pixabay)

Num estudo publicado recentemente no British Journal of Sports Medicine, pesquisadores americanos avaliaram os dados de 54 corredores de cross-country por um período de três anos (três temporadas consecutivas).

Durante esse período, a cada ano, na pré-temporada foram coletados dados de densidade óssea, cinemática e biomecânica. Nos 12 meses subsequentes foram computados todos os diagnósticos de lesões ósseas. Como resultado do estudo, os autores concluíram que, dentre as variáveis estudadas, a frequência mais lenta de passada por si só representava risco independente de lesão.

Os pesquisadores chegaram ainda a um dado extremamente interessante, constatando haver uma diminuição de 5% na incidência de lesões ósseas a cada aumento de um passo por minuto na frequência de passada.

Essa é uma informação muito importante para os amantes da corrida, praticantes e treinadores, uma vez que traz à luz outro fator predisponente a lesões e que muitas vezes passa despercebido, ajudando a direcionar melhor tanto o treinamento, com o objetivo de prevenção, quanto o processo de recuperação de lesões.

Fonte: Eu Atleta