Férias com ou sem animais de estimação? Saiba como manter os pets em segurança

Para quem viaja sem os animais, é preciso planejar como serão cuidados. Já quem leva pets para viagens deve pesquisar normas de transporte e vacinas necessárias.

O período de férias escolares de julho chegou e, com ele, os donos de pets devem se atentar a certos cuidados antes de planejar sua viagem.

🐶 Como transportar o pet durante a viagem?

🐱 O que é necessário para eles durante a folga?

🐰 E se os animaizinhos não forem, com quem deixar?

(Imagem Ilustrativa de Andrea Brambila por Unsplash)

São muitas as perguntas que podem surgir, no entanto, o mais importante é evitar surpresas desagradáveis que possam prejudicar a viagem tanto dos “pais” quanto dos “filhos”. De acordo com o veterinário Bruno Alvarenga, quem opta por não levar o bichinho de estimação para a viagem deve se certificar de como o animal será cuidado durante esse período de ausência.

“Caso os pets permaneçam na cidade, a opção mais adequada, em geral, é que fiquem em casa, especialmente para animais que não requerem cuidados especiais e podem ficar sem supervisão contínua. Esse ambiente familiar, com o cheiro dos donos e suas marcações, oferece maior conforto”, diz o veterinário.

Segundo Alvarenga, todos os animais exigem cuidados diários e monitoramento, mesmo quando estão em casa.

“Não é suficiente disponibilizar água e comida com quantidades que inferem ser suficiente para os dias em que estarão ausentes. Além do acúmulo de excretas, não há como garantir que os itens deixados permanecerão viáveis durante todo o período”, explica o profissional.

Caso o animal não possa ficar na própria casa, existem algumas opções:

  • Hospedagem em hotéis para pet;
  • Estabelecimentos veterinários;
  • Casa de conhecidos ou familiares;
  • Pet sitters, ou seja, babás de animais de estimação.

Bruno Alvarenga também recomenda que o temperamento e as características individuais do animal sejam considerados.

“Animais agitados devem ser acomodados em hotéis com atividades, brincadeiras e exercícios diários. Já aqueles com doenças crônicas ou que necessitam de cuidados especiais podem se beneficiar ao ficar em clínicas ou hospitais veterinários”, afirma.

Para os pet que vão seguir viagem

De acordo com o veterinário, para quem escolhe viajar de avião com o pet, é importante pesquisar as normas de transporte da companhia aérea antes de adquirir as passagens, pois cada empresa possui regulamentos específicos.

No entanto, Bruno alerta que algumas regras são iguais para a maioria delas:

“Todas as empresas exigem a carteira de vacinação com a vacina antirrábica válida, uma caixa de transporte que permita que o animal gire 360º e atestado de saúde emitido por um médico veterinário até 10 dias antes da viagem”, explica o profissional.

Para as famílias que viajam de carro, além da documentação sanitária, deve-se utilizar cintos de segurança adequados ou caixas de transporte, para prevenir acidentes.

“É recomendado fazer paradas periódicas para oferecer água aos animais e permitir que eles façam necessidades fisiológicas”, recomenda Bruno Alvarenga.

Viagens internacionais

No caso de viagens internacionais, é preciso buscar informações sobre as normas sanitárias de entrada de animais no país de destino, as quais geralmente estão disponíveis nos sites das entidades responsáveis.

“Como destinos mais comuns entre os brasileiros, temos países da União Europeia e os Estados Unidos, que possuem normas diferentes, resumidas no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no portal GOV”, destaca Bruno.

Confira outras dicas do médico veterinário:

  • Inserir um microchip de identificação nos cães e gatos;
  • Vacinar contra a raiva e aguardar 30 dias para realizar um exame que permita obter o Certificado de Sorologia de Raiva – que pode levar até um mês para ser emitido;
  • Levar animais ao veterinário, no máximo, cinco dias antes da data do embarque para obter atestado de saúde veterinária nacional e acessar o portal GOV para emitir o Certificado Veterinário Internacional, válido por 3 dias;
  • Dar vermífugos e medicação para controle de pulgas e carrapatos — para os animais que serão levados para países da União Europeia;
  • Fazer reserva prévia em um dos quatro Centros de Cuidados Animais Aprovados pelo CDC, onde será realizada a quarentena e exames por um médico veterinário do país, para que o pet receba uma nova vacina antirrábica — para aqueles com destino aos EUA;
  • Consultar previamente se o local de hospedagem aceita animais;
  • Manter uma placa de identificação com telefone na coleira do animal, para facilitar sua localização em caso de fuga;
  • Pesquisar unidades veterinárias próximas ao local de hospedagem, se necessário.

Fonte: G1.globo.com