Homem acusado de matar a própria mãe por asfixia em Piracaia vai a júri popular

O crime aconteceu em junho de 2020.

Acusado de ter matado a própria mãe em Piracaia (SP) em 2020, um homem de 31 anos vai ser levado a júri popular nesta quinta-feira (30), às 9h30, no fórum da cidade.

Higson Marinho Benayon é acusado de ter matado a própria mãe por asfixia em casa durante um surto. O crime aconteceu durante uma saída temporária do réu, que na época cumpria pena em um hospital penitenciário de Franco da Rocha (SP).

Fórum de Piracaia (Foto: Reprodução/Google Street View)

A convocação para o júri foi expedida pelo juiz Cléverson de Araújo no início deste ano, em janeiro. O homem será julgado por homicídio doloso, com as qualificadoras de feminicídio, meio cruel e uso de recurso que dificulta a defesa da vítima.

Ao g1, o advogado de defesa do acusado, Mauro Corsi, explicou que alegará inimputabilidade (estado em que a pessoa não pode ser responsabilizada por seus atos) e que tentará afastar as qualificadoras.

Relembre o caso

O rapaz foi preso após matar a própria mãe em Piracaia (SP) no dia 14 de junho de 2020. De acordo com a Polícia Civil, o filho alegou ter tido um surto psicótico e asfixiado a mãe até a morte.

O suspeito estava internado até maio em um hospital penitenciário, em Franco da Rocha (SP), por ter matado uma tia, também durante um surto. Ele passava por uma fase de desinternação e recebeu o benefício de saída temporária.

O crime aconteceu na região central de Piracaia. A polícia descobriu o caso porque o homem foi até a Santa Casa da Cidade e contou aos profissionais do hospital que matou a mãe em casa durante um surto.

Desorientado, ele foi atendido pela equipe médica, que acionou a PM para o endereço do homem, onde a vítima de 63 anos foi encontrada. Ela estava na cama e com sinal de deslocamento do pescoço.

Histórico

O homem havia sido preso em 2013 depois de matar a tia da mesma maneira. Na ocasião, ele era usuário de drogas e, durante um surto por excesso de entorpecentes, matou a tia asfixiada.

Laudos da justiça confirmaram que o homem cometeu o crime durante um surto. Por conta disso, ele foi mantido internado no hospital psiquiátrico. Em 2019, no entanto, foi dado início aos processos de desinternação e o acusado foi beneficiado com visitas domiciliares e saídas temporárias.

Fonte: G1.globo.com